Nesta segunda-feira (1º), Rodolfo Landim completa cinco anos na presidência do Flamengo. Desde sua posse, o Rubro-Negro viveu altos e baixos em diversos âmbitos e, um deles, é no mercado da bola. Entre erros e acertos, a gestão, que entra em seu último ano à frente do clube, contratou ídolos históricos, mas investiu pesado em grandes decepções.
A primeira contratação da Era Rodolfo Landim foi Rodrigo Caio, anunciado ainda antes de sua posse. No primeiro ano do seu mandato, uma margem de quase 100% de acerto levou o clube ao seu melhor ano em muito tempo, conquistando o hepta brasileiro e encerrando o jejum de 38 anos da Libertadores.
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Do time titular que fez história há cinco anos, oito dos onze jogadores foram contratados por Landim, Marcos Braz e equipe. Em uns o Fla investiu montantes elevados, casos de Rodrigo Caio, Arrascaeta, Gerson e Gabigol (esse comprado em definitivo em 2020). Outros vieram sem custos, como Rafinha e Filipe Luís, e alguns foram verdadeiros achados, custando um valor baixo pelo tanto que renderam, casos de Pablo Marí e Bruno Henrique.
Sorte ou competência?
Ainda que tenha contratado os grandes atletas supracitados, a gestão Landim começou errando no treinador. Abel Braga, lembrando pelo vexame na Copa do Brasil de 2004 e nome histórico no Fluminense, um dos maiores rivais do Flamengo, foi o escolhido. Caiu no meio do ano após não conseguir fazer o elenco estrelado ter um desempenho à altura.
Para seu lugar, o departamento do futebol fugiu do óbvio e contratou o renomado Jorge Jesus, multicampeão em Portugal. Sob a tutela do “Mister”, o Brasil viu o melhor time a desfilar pelos gramados brasileiros neste século. Os títulos credenciaram o grande trabalho da gestão em seu primeiro ano, mas muito estaria por vir.
Com o rompimento abrupto da relação, o Flamengo teve dificuldades em encontrar substitutos. Desde Domenèc Torrent, sucessor do português, o Rubro-Negro mais errou do que acertou na escolha de treinadores. Rogério Ceni, por exemplo, conquistou o octa brasileiro e Supercopa, mas a impressão sempre de que foi fruto do forte elenco do que propriamente do seu trabalho.
Sucessivos erros com Renato Gaúcho e Paulo Sousa deram o tom de que o departamento de futebol nunca soube qual caminho seguir em suas escolhas, apostando em nomes carimbados ou estrangeiros, sempre tentando repetir o sucesso de Jorge Jesus.
Dorival, que comandava o clube na transição da gestão de Eduardo Bandeira de Mello para a de Rodolfo Landim, e preterido por Abel Braga, chegou no meio de 2022 e foi um salvador inesperado. Fez o Flamengo jogar à sua moda e conquistou Copa do Brasil e Libertadores. Novamente a diretoria não renovou seu contrato e, em 2023, viveu seu pior ano sob comando de Vitor Pereira e Jorge Sampaoli.
O português e o argentino se mostraram erros desde o início, mas a diretoria foi turrona ao mantê-los além da conta e jogou no lixo a possibilidade de fazer história no ano recém-acabado. Agora, com Tite, há a chance de que Landim e sua equipe terminem o mandato como começaram: fazendo história e conquistando títulos.
Mesmos erros se repetiram nas contratações
Rico, o Flamengo de Landim parece nunca ter se encontrado no mercado da bola. Com potencial para contratar os melhores, o Rubro-Negro contratou diversos nomes que deram certo, mas muitos que floparam.
Entre os êxitos, além dos já citados do elenco campeão em 2019, somente Pedro entregou desde sua chegada. O centroavante, porém, era seguidamente escolhido como reserva e demorou a poder mostrar todo o seu potencial, o que aconteceu somente com Dorival, dois anos e meio após sua contratação.
Outros jogadores demoraram a entregar, mas caíram nas graças, casos de Léo Pereira e Michael. Ayrton Lucas foi um grande investimento que oscilou, mas tende a ser importante para o elenco. Fabrício Bruno e Pulgar foram mais dos casos de Marí e Bruno Henrique: valores baixos, status baixo e entrega alta. Porém, ambos só o fizeram quando conseguiram boas sequências como titulares.
Mas como nessa gestão a atuação no mercado sempre pareceu mais sorte do que competência, a lista de nomes que deram errado, independente do valor investido, é extensa: Gustavo Henrique, Pedro Rocha, Thiago Maia, Bruno Viana, Isla, Kenedy, David Luiz (que foi muito bem em um recorte pequeno da sua passagem), Andreas Pereira, Pablo, Santos (mesmo caso de David Luiz), Varela e Vidal.
O grande nome da lista que demonstra uma tendência de recuperação é Everton Cebolinha. Contratado por R$ 87 milhões, custando menos apenas que Pedro e Gerson (em seu retorno), ele jamais rendeu o que se espera. Com Tite, tudo isso pode mudar. Contudo, a lista de erros da gestão também pode aumentar, incluindo o jogador ex-Grêmio, o treinador, e os ainda com asterisco nos nomes Allan, Luiz Araújo e Rossi.
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