No atual momento temos três tipos de torcedores do Flamengo. Os Renatistas, os Cenistas e os Jorgistas. Os Renatistas estão muito esnobes, convictos que Renato sempre foi rei por onde passou. Os Cenistas querem fazer crer que Renato pegou um time formado. Já os Jorgistas juram que Renato resgatou a filosofia lusitana, que tantas glórias empilhou para o Mais Querido.
Os Renatistas relembram: “Bem que o Renato falou que com 200 milhões era mole jogar o melhor futebol do Brasil”. Os Cenistas diriam: “Foi Ceni que recuperou Vitinho e Michael, e que com Arão na zaga e Diego de primeiro volante ganhou o brasileiro”. Já os Jorgistas dirão: “O Renato é esperto, copiou o esquema do Jesus, por isso que está indo bem…”
Do mesmo autor: Renato, eu te amo!!!
Flamenguista é um bicho esquisito, teima em cima da sua convicção, mas fato é que não foi só a boleiragem do Renato que resultou na mudança do time. Ele fez alterações táticas que alavancaram o desempenho de praticamente todos os jogadores.
Por fim, dentro desse mundo, os Renatistas usarão a frase de Bruno Henrique para expressar o momento avassalador: “Estamos em outro patamar.” Os Cenistas dirão: “Ele não teve culpa de nada, e ainda ganhou o Brasileiro inovando taticamente.” Os Jorgistas professarão: “Foram mais títulos que derrotas. Ninguém repete esse desempenho. E o Renato tomou de cincum.”
Mas no fim e no último todos estão em lua de mel com Renato, apenas batendo o pé com suas convicções futebolísticas. Ainda bem que, como diria Nelson Rodrigues: “Toda coerência é, no mínimo, suspeita.”