Não precisamos de análises mais profundas para saber que a temporada de 2015 foi vergonhosa. O Flamengo virou freguês do rebaixado Vasco, que até o eliminou da Copa do Brasil, teve uma campanha medíocre no Brasileiro ainda pior que a de anos anteriores, mesmo com um time mais caro e com nomes mais “consagrados”.
O pior, no entanto, não foram os resultados, mas o modo como se davam as derrotas, a postura do time, a falta de vontade de vencer, a apatia diante de qualquer resultado, o desrespeito a nação que lotava os estádios. Espera-se que um profissional vencedor se abata com uma sequência de maus resultados como vimos tantas vezes Guerrero transparecer, não a comemoração sem fim extracampo do “bonde da Stella” que comportavam-se como se estivessem liderando com ampla vantagem sobre o 2° colocado.
Aliás, peço perdão, porque obviamente líderes não se comportariam como o Bonde, estariam concentrados, dedicando-se nos treinos e entrariam em campo cheios de vontade de vencer mesmo após serem campeões, como vimos o Palmeiras jogar no Maracanã, na última rodada do Brasileiro, tendo acabado de vencer a Copa do Brasil.
E os jogadores que mais vezes formaram os 11 do Flamengo foram: Paulo Victor- Pará, César Martins, Wallace, Jorge – Canteros, Márcio Araújo –Paulinho, Alan Patrick, Éverton – Guerrero
Dos citados, tinham contrato terminando em dezembro de 2015: Pará, Márcio Araújo e Alan Patrick, menção honrosa para o que poderia estar entre os 11 se não houvesse cavado tantas suspensões estúpidas: Emerson Sheik. César Martins tem contrato de empréstimo até o meio do ano. Ou seja, o Flamengo facilmente poderia mandar 3 jogadores símbolos da mediocridade, apatia e falta de sangue embora e ainda poderia tentar devolver um dos piores zagueiros do elenco, além de se livrar de um jogador que fala muito, joga pouco e ama uma suspensão.
Durante o período eleitoral todos os grandes membros da Chapa Azul, concorrente a reeleição, criticaram o time de futebol não só pelos resultados ruins, mas pela postura completamente inadequada para um time da grandeza do Flamengo. E, entre todas as declarações, destacarei uma dada poucos dias antes da eleição pela figura que “mais importa”, o dirigente que conduzia o planejamento para 2016 e assumiria a Vice-Presidência de Futebol: Godinho.
Como podem ver, Godinho destacou que tinha que passar o Rodo e nem era em relação ao time goleado pelo Atlético-PR e sim ao titular, chegando a mencionar a falta de vontade que refletia na incapacidade de virar jogos ou buscar reação após estar atrás no placar. Também destacou que viriam 6 jogadores para serem titulares, com boa vontade podemos considerar Rodinei e Muralha dos que já foram contratados, há a possibilidade de Mancuello, assim faltam ainda 3, principalmente ao perceber que há 2 jogadores estrangeiros em negociação para a posição do Arão, o que aponta que este veio para compor e não para chegar e jogar.
Mas esquecendo as contratações, prometidas antes da eleição para o início da pré-temporada e recentemente adiadas para até o fim de Janeiro, vamos focar no que era mais importante para a torcida, o famoso rodo!
Os “entusiastas” de chapa logo enumeram as saídas de Ayrton, Marcelo, Almir, Samir, Luiz Antônio, mas o fato é que todos esses e outros eram reservas e, a maioria, pouco jogou durante o 2° semestre. O único titular a sair foi Paulinho, que praticamente implorou por isso ao publicar uma foto vestindo a atual camisa do Corinthians. Todos aqueles que estavam com contrato encerrando e deveriam ter saído, sem exceções, não só tiveram o contrato renovado como, pasmem, ganharam aumento!
Ter um contrato renovado já diz que a direção aprova a temporada do jogador e, isso, como um todo – tecnicamente, disciplinarmente e no rendimento -, dar um aumento salarial dá o recado de que o jogador não só foi aprovado, mas rendeu acima do esperado e, pelo mérito, merece receber mais.
Alguém aí realmente acha que a temporada do Flamengo rendeu mérito a alguém no futebol, da diretoria ao elenco? Pois é, começaram passando o rodo no Rodrigo Caetano e depois em todos os outros com contrato acabando, não ficou um sem contrato e sem aumento!
Saudações Rubro–Negras a todos os “otários” que acreditaram que os gestores iriam reconhecer seus erros e não iriam repeti-los em 2016, que começa com jeitão de 2015, que começou com jeitão de 2014 e tinha cara de 2013.