Não é segredo que a reestruturação das finanças do Flamengo começou, antes de tudo, com a eleição de Eduardo Bandeira de Mello como presidente do clube no fim de 2012.
Desde então, o Flamengo não deixou de alcançar e cruzar novas fronteiras em várias frentes:
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A fronteira da responsabilidade financeira
Fato histórico inicial: eleição de EBM e do seu grupo, a Chapa Azul, ao final de 2012.
- Auditoria na dívida do final de 2012 de aproximadamente 750 milhões de reais, com receitas recorrentes de 202 milhões de reais e receitas totais de 212 milhões de reais;
- Obtenção das CND’s certidões negativas de débitos em março de 2013;
- A partir de 2013 publicação anual de balanços;
- A partir do exercício de 2014 geração de superávit;
- Contratação de consultoria da EY;
- Aprovação no CoDe da LRFRN (Lei de responsabilidade fiscal rubro-negra) em abril de 2015;
- Lei do PROFUT, adesão do Flamengo ao PROFUT com contrapartidas.
Reeleição de EBM em final de 2015 mantém a continuidade do projeto de soerguimento do clube.
Investimentos do Flamengo
- Vendas significativas de jogadores da base a partir de 2017;
- Aumento da receita;
- A partir de 2017 tem início investimentos mais vultuosos em direitos federativos de jogadores;
- A partir de 2016 tem início os bons resultados no Brasileirão com classificação para Libertadores desde então;
- Saída do Ato Trabalhista em novembro/2017;
- Em final de 2018 conclusão da obra do CT, módulo profissional e da base;
- Eleição de Landim em final de 2018.
Fato histórico importante é o triste incêndio no Ninho. A tragédia ocorrida em fevereiro de 2019 transpassa aspectos esportivos e financeiros e o prejuízo em todas as esferas ainda não, e talvez nunca de fato, foi calculado.
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Os resultados esportivos
- Em 2019 é contratada Ernst & Young para auditar os balanços do Flamengo, passando de consultora a auditora;
- Contratação de Jorge Jesus assim como a de alguns jogadores de ponta e o alcance de outro patamar em resultados;
- Título do Campeonato Brasileiro em 2019;
- Título da Libertadores em 2019;
- Título do Campeonato Brasileiro em 2020;
- Da a temporada 2018 até o final da temporada 2021 os melhores resultados esportivos nos Brasileiros profissional, sub-20 e sub-17;
- Com a pandemia, em 2020 e 2021 há redução anual em receitas recorrentes de estimados 100 milhões de reais em receitas de matchday e sócio-torcedor;
- Vice-campeão brasileiro em 2021;
- Vice da Libertadores em 2021;
- Reeleição de Landim em final de 2021.
A fronteira do aumento da receita recorrente e orgânica x receitas recorrentes atuais achatadas
Há perspectiva para aumento orgânico de 50% nas receitas recorrentes atuais, posicionando o Flamengo em outro nível, atingindo o top 20 mundial em receitas recorrentes em euros, segundo o relatório “Money League” da Deloitte deste ano.
Flamengo tem potencial de atingir 200 milhões de euros ao ano em receitas recorrentes atuais. Há 14 clubes em outro patamar de receitas recorrentes neste relatório “money League”, suas receitas superam os 300 milhões de euros ao ano atualmente.
Portanto, para cruzar esta fronteira e conseguir a receita recorrente de 200 milhões ao ano, o Flamengo não precisa se transformar em SAF. Isto porque média anual das receitas recorrentes nos últimos três anos do Mais Querido foi próxima de 130 milhões de euros.
Uma das possíveis formas de se conseguir essa melhora nas receitas é com o aumento no número de sócios, e uma das formas de fazer isso é dar direitos políticos aos assinantes dos planos de sócio-torcedor. Existem clubes na Europa com mais de 200 mil sócios com direitos políticos, como o Bayern de Munique, ou o Benfica.
Por enquanto o Flamengo possuí cerca de 65 mil associados em seu plano de sócio-torcedor, mas se levar esse número ao patamar dos clubes europeus citados pode ter um incremento em receitas recorrentes anuais de 45 milhões de euros. Isso levando a conta a mensalidade atual de 100 reais.
E há, afinal, também a possibilidade de gerar aumento de resultado líquido em matchday com estádio próprio.
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A eficiência operacional nas finanças do Flamengo
Outra fronteira para o desenvolvimento futuro do Flamengo se dará com a implantação, em algum dia, do profissionalismo, através da reforma no estatuto do clube.
A profissionalização gerará maior probabilidade de acerto, por exemplo, nos investimentos em direitos federativos de jogadores, em tecnologia, infraestrutura, em staff do departamento de futebol, isso tudo pensando na atividade fim (o futebol propriamente dito).
Além disso, essa melhora também será vista em relação à atividade meio (marketing, comunicação e comercial), isso gerará uma relação melhor com o torcedor/fã. Em relação à atividade de apoio, um melhor controle de processos de produção, também propiciará resultados mais dinâmicos, mais rápidos, mais robustos e com mais qualidade.
Maurício Cardoso Couto tem 53 anos, é flamenguista inveterado e apaixonado por Zico. Sócio torcedor desde abril de 2013 Sócio proprietário do clube desde dezembro de 2014. “Por um Flamengo com eleições para presidente a distância e ainda mais profissionalizado”.
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