O ‘rico’ da Arábia Saudita tem nome: Al Hilal. O Al Nassr levou Cristiano Ronaldo, mas o time azul investe pesado em um elenco farto a algum tempo. O time tem grandes destaques e sempre é um adversário complicado, apesar da má fase que atravessou antes do início do Mundial de Clubes. Michael e Cuéllar são os velhos conhecidos do torcedor flamenguista, mas Salem Al-Dawsari, que marcou contra a Argentina na Copa do Mundo, e Carrillo, são outros destaques, além de Marega e Ighalo.
Já deu para perceber que o elenco é recheado de grandes nomes e peças importantíssimas, incluindo jogadores da seleção da Arábia Saudita, como os dois goleiros Al Owais e Al Mayouf, além da linha defensiva que tem Alsharahni, Al Bulayhi e Abdulhamid. Mas o clube se destaca ainda pela sua história.
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Isso porque em questão de títulos, o Al Hilal é um dos maiores do continente asiático, se não o maior de todos. A equipe de Ramón Díaz conquistou quatro Champions da Ásia, sendo o maior campeão. Dentro do país, o clube também é o maior vencedor, vencendo 18 vezes o Campeonato Saudita.
Al Hilal faz terceira participação no Mundial de Clubes
Esta será a terceira participação do Al Hilal no Mundial, sendo todas recentes. Os árabes disputaram a competição em 2019, 2021 e agora jogam em 2023. São três participações no Mundial em quatro títulos continentais porque os clubes asiáticos ainda não disputavam o antigo Mundial de Clubes quando o Al Hilal foi campeão asiático em 1991 e 2000.
Com os títulos asiáticos de 2019 e 2021, o clube joga o torneio em 2019, 2021 e 2023. É que a Champions Asiática 22/23 ainda não se encerrou e por isso, como ainda é o atual campeão do continente, o Al Hilal representa a Ásia em mais uma edição.
O clube eliminou o time da casa, Wydad Casablanca, nos pênaltis, no último sábado (4). No tempo normal, a partida terminou empatada em 1 a 1, mas é a equipe de Michael e Cuéllar que enfrenta o Mengão na semifinal do Mundial.
Lua crescente
Fundado em 1957, ou seja, relativamente novo com 65 anos de história, Al Hilal em português significa ‘Lua Crescente’, que também está presente no escudo antigo do clube. O nome tem a ver com a religião islâmica. Os muçulmanos seguem o calendário lunar, e os meses se iniciam sempre na lua crescente. Isso significa que a lua crescente simboliza a renovação.
A lua crescente também é um dos símbolos do islamismo, mas acompanhada de uma estrela. O símbolo marcou a época do Império Otomano, onde a religião seguida era justamente o islamismo. Por isso, a lua crescente e a estrela passaram a representar a religião muçulmana.
O Al Hilal é considerado ainda o ‘Clube dos Príncipes’, e outra alcunha é Al-Zaeem, que significa ‘O Patrão’. Tudo isso gira em torno do poderio do clube, da torcida de nomes importantes do país e do sucesso nacional e internacional, com 56 títulos oficiais, sendo 44 nacionais. Assim como o Flamengo no Brasil, o time nunca foi rebaixado e disputou todas as edições do Campeonato Saudita criado em 1976.
Maior torcida do continente
O time é também o mais popular do país, tendo a maior torcida da Arábia Saudita e também da Ásia. Grandes nomes conhecidos do futebol brasileiro passaram por lá e ajudaram a colocar o Al Hilal neste patamar, como Rivellino e Thiago Neves. Os técnicos Zagallo, Lazaroni e Joel Santana também comandaram a equipe.
Pela popularidade e a grande torcida que o acompanha, o Al Hilal é como o Flamengo, mas em proporções um pouco diferentes, já que o Mais Querido possui a maior torcida do mundo, beirando os 42 milhões de flamenguistas. Confira alguns momentos da torcida ‘Ultras do Al Hilal’: