Em toda edição do Campeonato Brasileiro desde 2003, a briga para não cair para a segunda divisão é tão ou mais emocionante do que a luta pelo título. Com quatro rebaixados por ano, o medo de ir jogar a série B está sempre na mente dos torcedores.
Dos 12 clubes considerados grandes no Brasil, apenas Flamengo, São Paulo e Santos jamais caíram. Outros se tornaram presenças habituais na segunda divisão. O Vasco, com quatro quedas, é o campeão. O Grêmio e o Botafogo, cada um com três descensos, seguram o vice. Palmeiras e Fluminense têm duas quedas cada, mas os tricolores cariocas seguranm a “honra” de terem caído para a terceirona em 1998.
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Talvez por isso, alguns clubes da Série A em 2023 querem alterar o número de clubes rebaixados. Dos atuais quatro, para apenas três já no ano corrente., A proposta será apresentada no Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta terça-feira (14).
De acordo com reportagem de Igor Siqueira e Rodrigo Mattos, no UOL, a ideia dos clubes é fazer a alteração já nas edições de 2023 das Séries A e B. Ainda não há consenso se a mudança teria sustentação jurídica, pois o estatuto do torcedor exige um ano para a entrada em vigor de mudanças de regulamento de campeonatos.
Brasileiro tem 20 clubes e quatro rebaixados desde 2006
A principal justificativa dos clubes que defendem a redução do número de rebaixados de quatro para três está nas grandes ligas da Europa. De acordo com os interessados na alteração, a Premier League e a Bundesliga usam o sistema de três rebaixados.
No Brasil, o sistema de pontos corridos existe desde 2003. Primeiro com 24 clubes, o número caiu gradativamente até chegar à formula atual com 20 clubes e quatro rebaixados por ano. Esse modelo está em vigência desde 2006. Por anos, alguns clubes consideraram que o rebaixamento de um quinto dos participantes era um número excessivo.