Nos últimos dias, surgiu o debate sobre uma mudança no estatuto do Flamengo. A emenda em questão, levantada por Peruano, Conselheiro e ex-canditato a presidência, tornaria o mandato presidencial do Rubro-Negro de quatro anos, e não três. No entanto, Rodolfo Landim explica que no caso de um mandato de quatro anos, não existiria o direito de se reeleger. Ou seja, significa que o atual mandatário, que já se reelegeu, não seria beneficiado e os quatro anos passariam a valer somente para as próximas eleições.
Ainda assim, Landim não ficou em cima do muro e foi enfático sobre quatro anos de mandato no Flamengo: ‘Sempre foi o que defendi’. Em entrevista à ESPN, o presidente também deixou claro que não tem o menor interesse em ficar mais do que os três anos de seu segundo mandato.
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“Eu fui eleito por três anos, minha vontade na época era não ter sido reeleito. Conversei com minha família, com os potenciais candidatos para saber o que pensavam. Todos me pediram para continuar. Não tenho o menor interesse em ficar além dos meus três anos. Mas é uma discussão de equipe. Temos que conversar para entender os impactos que essas mudanças trariam. Particularmente, quatro anos sem reeleição sempre foi o que eu defendi há muito tempo”, diz Landim.
Rodolfo Landim explica ainda que a mudança impactaria em todos os outros setores do clube, e não só na presidência.
“Essa é uma discussão antiga. Se as pessoas deveriam ter mandato de três anos podendo haver reeleição ou quatro anos sem reeleição. Porque isso talvez fizesse o mandatário trabalhar para o clube sem pensar em reeleição. Mas veio outra discussão. Se aprovado isso, seria válido para esta eleição ou não. É um assunto muito complexo. Se você for analisar como o estatuto é, essa mudança impactaria os demais poderes do Flamengo. Conselho Deliberativo, fiscal, assembleia geral, tudo seria ampliado em mais um ano. Teria reflexos”, explica.
Rodolfo Landim apoia mudança, mas prega cautela
Apesar de concordar com as mudanças, Landim diz que é preciso agir com calma e decidir isso depois de muito debate interno no Mengão.
“Não tenho nada contra essas ideias, são boas. Mas acho que devemos discutir com calma os impactos que essas mudanças podem trazer no dia a dia de tal forma que quando isso for proposto impacte o menos impossível”, comenta.
Ele diz ainda que um dos impactos seria na vice-presidência.
“Eu poderia abrir mão desse meu ano. Se eu abrir mão, meu vice-presidente fica um ano. E aí ele fica sem condições de concorrer e abrir mão de quatro anos? E se ele quisesse abrir mão desse um ano também? Será que as pessoas que votaram na gente ficariam felizes? Tem que ser discutido e avaliado para que impacte o menos possível na administração que foi eleita”, conclui.