Falso Nove aponta o que faltou para o Flamengo vencer o Fluminense

Na noite de ontem (16), o Flamengo enfrentou o Fluminense pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Ainda que o jogo tenha sido 0-0, o Flamengo foi superior na maior parte do tempo. Durante o primeiro tempo, o Flamengo criou mais e ofereceu mais perigo à meta do Fluminense. Com a expulsão de Felipe Melo no segundo tempo, a equipe baixou as linhas e dificultou o jogo do Flamengo.

O analista de desempenho Falso Nove destrinchou o jogo de ontem e analisou o que faltou para o Flamengo sair em vantagem no mata-mata. De início, o analista começa ilustrando as escalações, em que, de acordo com o mesmo, o Flamengo jogou espelhado ao Fluminense, ambos no 4-2-3-1. Em seguida, destacou o ímpeto rubro-negro na marcação alta, tirando o time de Fernando Diniz da zona de conforto. Falso Nove destaca ainda como a escalação de Gerson mais avançado e o ataque às costas de Marcelo, lateral tricolor, foram eficientes ao longo da partida.

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Falso Nove destaca movimentação de Gabigol

Em uma das jogadas que Falso Nove aponta na análise, está a que Gabigol chuta na trave, tirando de Fábio. Na visão do analista, o Flamengo joga melhor o primeiro tempo do que o segundo, onde a equipe está em vantagem numérica. Ele ainda conclui explicando que a expulsão foi fator condicionante. Tanto que, a jogada em que ele destaca, foi o passe de Pulgar para Gabigol. Arrascaeta jogou a partida em uma linha mais baixa que o centroavente, dessa forma, atraindo Nino, defensor do Fluminense, e abrindo um espaço para Gabigol se movimentar. Fazendo o “facão”, Gabigol desloca Felipe Melo e chuta na trave.

Além disso, o analista destaca como o Flamengo se portou durante o primeiro tempo, com a bola passando mais de 84% do tempo entre a área do Fluminense ou entre o meio campo e a área. Falso Nove destaca novamente o “facão” de Gabriel para deslocar Felipe Melo no lance que gerou a expulsão do zagueiro. Com a expulsão, Fernando Diniz coloca o zagueiro Manoel e se fecha num 6-3-0.

Após a substituição, Falso Nove fala sobre Fernando Diniz. “E aí, tem uma coisa à destacar do Diniz, que não é nada de gênio não, tá? O Diniz é ótimo treinador mas não é por isso que ele é gênio. Mas uma coisa que ele fez foi aproveitar o fato do Flamengo não ter um cara como o Pedro, por exemplo, um jogador que a gente chama de ‘jogador âncora’. Um jogador que segura dois marcadores e acaba empurrando eles mais próximo da linha do próprio gol” explicou o analista.

Confira na íntegra a análise do Falso Nove

Dinâmica do segundo tempo após a expulsão

Além da ausência do âncora, Falso Nove destacou uma situação específica, em que Gerson foi lento para direcionar o domínio na frente da área. “Um detalhe que me incomodou nesse jogo, na frente da área, quando o Flamengo tinha a bola na frente da área, foi a lentidão do Gerson nesse domínio. O Gerson é um ótimo jogador e jogou muito bem, na minha opinião. Mas ele tem uma situação, talvez de perfil do jogo dele, talvez até de fundamento, de não orientar melhor o domínio dele” afirmou ilustrando um lance já nos acréscimos do segundo tempo, no qual Gerson finalizou ao gol.

Por fim, o analista destacou como o Fluminense atacou majoritariamente pelo lado direito, principalmente no segundo tempo. Ele ressalta também o Fluminense ter tido 6 escanteios a seu favor só no segundo tempo. Falso Nove aponta a alta quantidade de escanteios como méritos da ideologia de Fernando Diniz, nas saídas de bola e direcionando as jogadas pelo lado direito. Com isso, o Fluminense poderia forçar, no lado de John Arias, escanteios e faltas no ataque, fazendo com que o Flamengo marcasse com mais homens, dificultando uma segunda bola, e parando mais o jogo.