O vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, falou pela primeira vez em público do episódio da briga com um torcedor no BarraShopping. Ele reiterou a versão que havia dado à polícia: de que foi ameaçado de morte ao lado de sua filha e por isso reagiu. Ele ainda afirmou não se lembrar se mordeu o torcedor na virilha na briga.
“Peço desculpa pelo evento, pelo transtorno que eu causei. Eu não precisava ter passado por isso. Eu peço desculpa por não ter me preparado para ser ameaçado de morte ao lado da minha filha.”
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Braz ressaltou que o caso passou muito de uma cobrança comum de torcedor e por isso justificou a sura reação extrema.
“Quando eu aceitei o cargo de vice-presidente de Futebol do Flamengo, eu tinha noção clara do que é ser vice-presidente de Futebol. Eu sei da pressão, eu sei dos questionamentos, eu sei das situações políticas, eu sei que os resultados às vezes não vêm, e a gente tem que conviver com isso. Os jornalistas que passaram por aí nesses cinco anos podem falar tudo de mim, mas eles são testemunhas fortes de que eu jamais tive um problema com torcedor”, afirmou.
Dirigente garante que câmeras vão confirmar sua versão
Braz descreveu o torcedor Leandro Campos como “um maluco transtornado”
“Vocês têm que acreditar em mim. Eu fui ameaçado, e ameaçado de morte ao lado da minha filha de 14 anos. Eu sou preparado para estar no cargo, sou muito preparado. Agora, para isso eu não me preparei. Uma coisa é você ser ameaçado na internet. Outra coisa é um maluco transtornado, com cara de maluco, falando que vai te matar, e que se os resultados não vierem no domingo a cobrança será diferente”
Braz informou que a gota d’água foi o momento em que o torcedor, após ser repetidas vezes alertado da presença da filha dele, usou um xingamento mostrando não se importar com o fato.
“Falei sistematicamente várias vezes que minha filha estava ali. Eu peço desculpas mas eu vou ter que falar isso aqui, mas a última frase foi “Foda-se a sua filha”. O final vocês viram.”
O dirigente afirmou que no momento anterior, quando outros torcedores o abordaram antes da chegada da sua filha ao local, não reagiu. O caso mudou de figura depois que a menina se encontrou com ele e Leandro chegou fazendo ameaças.
“Quando a minha filha não estava, quando não teve ameaça de morte para mim nem para ninguém que estava presente, eu simplesmente fiquei quieto. Num segundo momento eu alertei várias vezes que minha filha estava ali. Eu não sou burro de falar isso aqui e depois não apareceram as imagens dela comigo dentro da loja, me abraçando, me beijando e depois saindo ao lado.”
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Braz afirma não se lembrar de mordida na virilha
Embora tenha dado muitos detalhes sobre os momentos que antecederam a briga, Braz disse não se lembrar do que aconteceu depois que o torcedor ameaçou sua filha. “Depois que eu falei a última frase que ele falou, eu me lembro de pouca coisa”.
O exame de corpo de delito confirmou uma mordida na virilha do torcedor Leandro Campos. Ele nega ter ameaçado Braz e convocou uma entrevista coletiva para amanhã à tarde.
“O que ele vai falar é o que ele vai falar. Vai ser orientado pela advogada, o game é esse. Quem é pai aqui deveria saber o que é uma filha fazer 15 anos, e quem é mulher sabe o que é fazer 15 anos. Esse fato é preponderante. Agora, o que ele vai falar é que amanhã ele vai dar entrevista, a advogada vai dar entrevista, eu sei como é que é”, afirmou Braz.
O vice-presidente insistiu ser a vítima no caso.
“Eu sou vítima. Sou vítima sendo vereador, sendo primeiro suplente de deputado federal, sendo vice-presidente de Futebol do Flamengo. Vocês têm que acreditar em mim.”
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