Nesta sexta-feira (22), o torcedor Leandro Campos, agredido por Marcos Braz no Barra Shopping, enfim deu sua versão do ocorrido. Através de entrevista coletiva, o rubro-negro foi objetivo e claro ao negar que fez qualquer ameaça ao dirigente do Flamengo, assim como explicou como o VP mordeu sua virilha. As versões de Braz e do torcedor são totalmente diferentes, o que deixa o mistério sobre a verdade do caso ainda sem solução.
Primeiramente, Leandro Campos negou toda a história contada por Braz na coletiva de quinta-feira. De acordo com o torcedor, não houve ameaças de morte e nem a frase “f…. sua filha”, como o dirigente relatou. Leandro teria dito apenas para Marcos Braz deixar o Flamengo, sendo o suficiente para o VP agredi-lo.
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“A única coisa que eu falei para ele foi ‘Marcos Braz, sai do Flamengo’. Falei exatamente isso e virei as costas. Em nenhum momento ameacei ele, ou a filha dele. Na questão da mordida, eu sei que foi ele porque eu vi ele mordendo. O amigo dele me chutou na cabeça, mas em nenhum momento eu agredi alguém”, garantiu o torcedor envolvido.
Ainda conforme a explicação de Leandro Campos, a marca no nariz de Marcos Braz não foi causada por ele, visto que em momento algum ele teria agredido o dirigente e vereador. Em seguida, o rubro-negro, que deu a entrevista usando uma camisa do Flamengo, explicou como a mordida aconteceu.
“Eu falei: ‘Marcos Braz, sai do Flamengo’. A lojista gritou, eu virei e ele já estava vindo atrás de mim com punho cerrado. Eu virei de frente para ele, ele se desequilibrou e caiu, puxou as minhas pernas e eu caí também. Ele caiu sobre a minha virilha e me mordeu”, detalha Leandro.
Leandro afirma que não viu a filha de Marcos Braz
De acordo com Braz, a única coisa que motivou a agressão contra o torcedor foi o fato da sua filha estar presente no local. Leandro Campos, contudo, desmentiu o vice-presidente de futebol ao dizer que não a viu no shopping. O torcedor ainda diz o que aconteceu depois da briga, já que as imagens que viralizaram não mostram muito bem.
“Então, em nenhum momento ela estava lá na loja. O que aconteceu depois da briga foi que eu peguei meu chinelo e calcei, fiquei no canto ali, com um segurança do meu lado. Fiquei até em choque, né?!”, explicou.
Rubro-negro defende ser vítima
Leandro Campos ainda afirmou que não faz parte de nenhuma torcida organizada do Flamengo, e comentou sobre ser vítima nessa situação. “Não me arrependo porque não fiz nada demais, mas isso trouxe problemas na minha vida, não consigo trabalhar. Estou até com receio de sair na rua, para falar a verdade. Sou a vítima, em nenhum momento agredi ele verbalmente ou fisicamente”.
Sobre a acusação de Marcos Braz do ataque ter sido premeditado, o torcedor disse: “Eu trabalho ali, no Ifood de bicicleta, rodo ali na redondeza. Estava ali shopping, passei e vi ele. Estou todo dia ali”.
Torcedor acredita que Braz não tinha segurança, mas amigo ajudou na agressão
A única vez em que a versão do torcedor se encontra com a de Marcos Braz é sobre o segurança. Isso porque, o dirigente foi enfático em seu pronunciamento ao dizer que não anda com seguranças, como havia sido divulgado na mídia. Leandro confirma essa versão, mas diz que Braz estava acompanhado e amigo ajudou a bater nele.
“Não era segurança, era amigo dele. Eles estavam dentro da loja e vieram os dois atrás de mim”, comentou brevemente.