O endividamento do Flamengo atingiu em setembro o menor valor desde 2013, quando as contas do clube passaram por uma auditoria e o valor real da dívida passou a ser conhecido.
De acordo com números apresentados aos conselheiros do Flamengo no fim do mês passado, aos quais o MRN teve acesso, a dívida líquida do Flamengo é de somente R$ 54 milhões, o equivalente a apenas cerca de 4% da receita total projetada do Flamengo em 2023. No início de 2013, quando a auditoria foi feita, a dívida de R$ 737 milhões correspondia a 3,7 vezes a receita rubro-negra.
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A dívida do Flamengo caiu R$ 47 milhões no trimestre com a renegociação de uma dívida do Profut no Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), que resultou neste desconto.
Em março, o Flamengo já havia zerado sua dívida bancária. Com isso, além de pequena, a atual dívida do Flamengo cresce a valores reduzidos, já que a dívida com o Profut é corrigida apenas pela taxa Selic e as contas a pagar referentes a contratações de jogadores não têm juros.
Oposição vê dívida pequena como prova de que Flamengo não precisa de SAF para ter estádio
Se excluído o saldo a pagar pela contratação de jogadores, inclusive, o endividamento do Flamengo passa a ser negativo, ou seja, o clube tem mais valores a receber de patrocinadores em contratos já assinados do que o valor total da dívida.
Atualmente, os ativos do Flamengo (patrimônio físico mais direitos de jogadores) equivalem a 15,7 x o valor do endividamento.
A excelente condição financeira do Flamengo faz a oposição defender que é possível ao clube financiar a construção de um estádio próprio sem a necessidade de transformação do clube em SAF, como defende o presidente Rodolfo Landim.
Em 2023, até setembro, o superavit do Flamengo foi de R$ 268 milhões. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sem incluir venda de jogadores é de R$ 181 milhões.
Nota da Redação: Esta reportagem informava erradamente que a dívida atual do Flamengo é de apenas 0,1% das receitas. A porcentagem correta é 4%. A reportagem foi corrigida
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