Mais uma cena lamentável para o futebol brasileiro ocorreu nesta semana. Após empatar com o Sport em Pernambuco pela Copa do Nordeste, o Fortaleza teve seu ônibus atacado por uma torcida organizada. Marinho e Santos, ambos ex-jogadores do Flamengo, vivenciaram esse momento de terror.
Jogadores do Fortaleza foram atingidos por uma bomba caseira e pedras. Cinco atletas (Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Escobar) precisaram ser encaminhados ao hospital em Recife. A denúncia foi feita assim que o ataque aconteceu, na madrugada desta quinta-feira (22).
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Através das redes sociais, o presidente do Fortaleza divulgou imagens de como ficou o interior do ônibus. Janelas foram quebradas, resultando em estilhaços espalhados pelo local. É possível ver ainda as manchas de sangue das vítimas no chão e nos acentos.
“Acho importante falar que o João Ricardo está com seis pontos na cabeça. O Escobar está com 13 pontos, no supercílio e na boca, e com um trauma cranioencefálico. O Titi está com um pedaço de vidro na panturrilha. Não temos condição de jogar. […] Tem que ter uma reação de verdade, não pode ser só nota de repúdio. Vai esperar morrer alguém? Não morreu por Deus! Tinha uma bomba caseira”, disse o presidente Marcelo Paz no desembarque em Fortaleza.
“Poderia ter acontecido o pior”, relata Marinho
Marinho, ex-Flamengo e atacante do Fortaleza, estava presente no momento. Ele felizmente passa bem e pôde dar detalhes a imprensa do que vivenciou durante a madrugada. Marinho definiu a cena do bombardeio como “aterrorizante” e pediu respostas das autoridades.
“Poderia ter acontecido algo pior. Foi aterrorizante o que aconteceu. O estrondo de bomba, uma pedra gigantesca. […] A gente cada vez se sente mais desprotegido, o futebol brasileiro deu muitas oportunidades para certos tipos de pessoas que se dizem torcedores. Como eu falo, foi terrorismo o que aconteceu. Os caras jogaram bomba, tinha tudo no ônibus”.
“É covardia. Uma covardia muito grande. A gente sai para trabalhar, deixa família em casa, sem saber se vai voltar. Então assim, quero saber das autoridades e da CBF, alguém precisa se pronunciar. É pedra, bomba… e daqui a pouco?”, desabafou Marinho em conversa com jornalistas.
Assim como Marinho, Santos também não levou a pior na tragédia. O goleiro campeão pelo Flamengo compartilhou alguns vídeos nas redes sociais mostrando a maneira que ficou o ônibus do clube e chamou os autores do crime de “covardes”.
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