O Flamengo não vai apressar qualquer punição ao lateral-direito Wesley, que se envolveu em briga em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, nesse domingo (10). O jogador foi acusado de desferir um soco no rosto do empresário Kaio Mana, além de fazer ameaças. O atleta disse que reagiu a seguidas provoações e à aproximação de Kaio. O apresentador Thiago Asmar, o Pilhado, não gostou da postura do clube.
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No programa Bate Pronto desta terça (12), Pilhado comentou sobre a condução do caso pelo Flamengo. O apresentador lembrou da agressão do vice-presidente de futebol Marcos Braz a um torcedor, em 2023. Para Pilhado, como Braz não foi punido, o clube não tem moral para punir Wesley ou qualquer outro caso de indisciplina.
+ Flamengo define futuro de Wesley após acusação de agressão
“Se punirem o Wesley, e não puniram o Marcos Braz, tem alguma coisa errada ali. Porque é agressor da mesma forma, agrediu de forma covarde, por trás um torcedor, se punirem o Wesley e não puniram o Marcos Braz alguma coisa vai ter que ser perguntada não pelos amiguinhos de dirigente que fazem pergunta em coletiva, mas por repórter sério que não precisa babar o ovo para ganhar informação”, afirmou.
Pilhado disse que o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, não tem moral para punir Wesley após manter Braz normalmente no cargo apesar de o dirigente ter se tornado réu por agressão e ter tido sua versão sobre o caso exposta como mentirosa por imagens do incidente.
“Se o Marcos Braz não foi punido, Rodolfo Landim, se o Marcos Braz continuou vice-presidente do Flamengo e não foi afastado, qual a moral que vocês vão ter para fazer alguma coisa com o Wesley? Se o vice de futebol agrediu, mordeu virilha de torcedor, chutou no chão, pegou por trás, e nada aconteceu com o Marcos Braz, por que alguma coisa aconteceria com o Wesley? Qual é a diferença?”, indagou.
Para o jornalista, o caso de Braz é até mais grave que o de Wesley.
“Porque o torcedor estava de costas, estava saindo. A do Wesley nós ainda não temos as imagens. Então eu estou louco para ver a decisão do Flamengo. O Flamengo virou um ringue de boxe”, criticou.
Bap engavetou pedido de inquérito contra Braz
Um pedido de conselheiros da oposição para a abertura de um inquérito contra Braz no Conselho de Administração do Flamengo foi engavetado no mês passado pelo presidente do colegiado, Luiz Eduardo Baptista (Bap), depois que um parecer da comissão jurídica considerou que o vice-presidente de Futebol não violou o estatuto do Flamengo.
O MRN revelou que um dos integrantes da comissão jurídica é pai de um assessor de Marcos Braz na Câmara dos Vereadores do Rio.
O parecer considerou que não houve uso indevido das dependências do clube por Braz na coletiva em que apresentou sua versão sobre o caso – depois demonstrada como mentira – nem prejuízo à imagem do Flamengo. A comissão escreveu que Braz alegou que “por defesa de sua honra e familiares, se envolveu em briga sem grandes lesões para as partes envolvidas”, e não questionou a versão apesar de as imagens do episódio terem demonstrado que, ao contrário do alegado pelo dirigente, o torcedor Leandro Campos não ameaçou sua filha em nenhum momento.