15 atletas do Flamengo que disputaram Olimpíadas: ginástica artística

O Flamengo terá atletas disputando os Jogos Olímpicos de Paris 2024, tradição viva desde Los Angeles 1932. Será 24ªedição seguida com representantes dos esportes olímpicos rubro-negros, e é impossível contar essa história sem falar da ginástica artística. Dando continuidade à série de matérias sobre Mengão nos Jogos, MRN traz lista com os 15 atletas da modalidade representaram clube em Olimpíadas.

Após apresentar os quatro representantes da ginástica artística do Flamengo que estarão nos Jogos Olímpicos de Paris*: Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Diogo Soares, chegou o momento de relembrar o passado. A ginástica artística é quinto esporte que mais contou com atletas do Flamengo e, além disso, uma das duas medalhas de ouro da história de um atleta rubro-negro foi com Rebeca Andrade em Tóquio.

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A primeira atleta foi Tatiana Figueireido, em Los Angeles 1984, e desde então o Mengão foi representado em todas as edições. Destaque para Daniele Hypólito, que representou o clube nas cinco edições entre 2000 e 2016 e foi responsável por resultados muito importantes para o Brasil atingir nível que tem hoje.

Mas topo da ginástica do Flamengo é ocupado por quem ocupa também o posto principal da ginástica nacional em todos os tempos: Rebeca Andrade. A atleta foi medalha de ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio e colocou uma ginasta rubro-negro em um pódio olímpico pela primeira vez.

Rebeca é também a única atleta feminina do Flamengo a conquistar um ouro. Ela está ao lado de Isaquias Queiroz, único homem a conquistar o feito.

*Lorrane Oliveira é ginasta do Flamengo e tem chances de integrar Time Brasil nas Olimpíadas. Em contato com MRN, Confederação Brasileira de Ginástica afirmou que convocação oficial será feita entre 21 e 23 de junho.

Veja abaixo a lista de ginastas do Flamengo que participaram de Jogos Olímpicos:

Tatiana Figueiredo- Los Angeles 1984

A primeira de todas as ginastas rubro-negras a pisar em uma edição de Jogos Olímpicos foi Tatiana Figueiredo. Foi apenas a segunda vez que uma atleta brasileira conquistou classificação para uma edição olímpica e ela terminou na 27ª colocação geral. Posição que superou o 32º lugar de Cláudia Magalhaes em Moscou 1980 e se tornou melhor desempenho brasileiro até então.

Guilherme Saggese Pinto- Seul 1988

Apesar da ginástica feminina ganhar mais destaque pelos resultados recentes e o histórico rubro-negro, os homens estiveram presentes nas décadas de 80, 90 e 2000. O primeiro deles, aliás, foi Guilherme “Gil” Saggese Pinto, que disputou os Jogos Olímpicos de Seul 1988, na Coreia do Sul.

Ele terminou a competição na 89ª posição final. Lembrando que o Brasil não tinha tradição no esporte. O atleta defendeu apenas Flamengo e o time da universidade de Ohio, nos Estados Unidos: Ohio State Buckeyes.

Luísa Parente- Seul 1988 e Barcelona 1992

Depois de Tatiana, a próxima brasileira a conquistar classificação também era do Flamengo. O momento agora é de falar de um dos grandes nomes para a ginástica brasileira: Luísa Parente, a primeira a disputar duas Olimpíadas consecutivas.

Ela representou o Flamengo na Coreia e conquistou a 35ª posição geral. Em seguida, marcou presença em Barcelona 1992 e fez campanha para terminar na 37ª colocação ao final da competição.

Marco Antônio Monteiro- Barcelona 1992

Assim como aconteceu em Seul, Luísa Parente teve a companhia de outro atleta rubro-negro em Barcelona. Após Guilherme Pinto, foi a vez do ginasta Marco Antônio Monteiro conquistar sua vaga em uma edição. Ele melhorou um pouco o desempenho e fez apresentações que rederam 84º posição. Resultado importante, mas ainda longe do que estaria por vir.

Daniele Hypólito- Sidney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016

Os anos 2000 marcaram a primeira classificação em equipe e trouxeram uma grande evolução para a ginástica do Flamengo e do Brasil, e Daniele Hypólito é uma das atletas que fez isso ser possível. Foram cinco edições consecutivas, com sequência de quebra de recordes e resultados olímpicos e fora dos Jogos que colocaram o Brasil na briga com as melhores nações.

A começar com Sydney 2000, ela garantiu as melhores colocações brasileiras em Olimpíadas até então com 21ª colocação na classificação geral, 17ª nas Barras Assimétricas e no Solo, além do 16º lugar na Trave. Recorde que bateu quatro anos depois, em Atenas, 9º lugar por Equipes e 12º na final individual.

Ela não voltou para uma final individual nas outras três edições que participou, incluindo a Rio 2016, mas foi uma líder em momento de renovação do time brasileiro e motivo para atletas assinarem com Flamengo. A equipe ficou no 8º lugar em Pequim 2008 e Rio 2016, além de 12º em Londres.

Diego Hypólito- Pequim 2008 e Londres 2012

Irmão de Daniele e também um dos responsáveis por resultados importantes da ginástica masculina, Diego Hypólito participou de dois Jogos pelo Fla. O primeiro foi Pequim 2008, quando ficou na oitava posição no Solo, e o retorno em Londres rendeu o 59º lugar.

Dyego conquistou tão sonhado pódio olímpico em 2016, quando já não representava mais o Flamengo. Mas é possível afirmar que o Mengão tem parcela na trajetória vitoriosa do ginasta e certamente parcela de rubro-negros sentiu orgulho ao vê-lo no pódio.

Sérgio Sasaki – Londres 2012

Sérgio Sasaki é nada mais nada menos que o detentor da melhor apresentação de um ginasta masculino na prova do individual geral. Logicamente os melhores resultados da história são os que possuem medalhas, mas o feito do ginasta do Flamengo precisa ser exaltado.

A presença na final da prova já foi inédita para o Brasil na ocasião, mas o 10º lugar foi mais do que surpreendente. Ele estreava em Jogos Olímpicos em Londres 2012 e deixou o local como uma das grandes surpresas da competição no geral.

Jade Barbosa- Pequim 2008 e Rio 2016

Jade Barbosa chegou ao Flamengo pouco depois de Daniele Hypólito, em 1996, e segue como atleta rubro-negra até os dias atuais. Referência para o esporte nacional, a atleta do Flamengo tem a chance de subir em seu primeiro pódio olímpico nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A atleta rubro-negra participou de dois Jogos Olímpicos na carreira antes de Paris: Pequim 2008 e Rio de Janeiro 2016. Seu melhor desempenho até aqui foi sétimo lugar no salto em 2008. Ela ficou de fora de Londres 2012 por divergências com a Confederação e de Tóquio por lesão. Agora, é favorita a medalha por equipes.

• Pequim 2008 : 10º (Individual Geral), 8º (Equipes), 7º (Salto) e 12º (Solo)
• Rio de Janeiro 2016: 8º lugar (Equipes)

Flávia Saraiva- Rio 2016 e Tóquio 2020

A geração formada por Jade e Daniele Hypólito, além da histórica Daiane dos Santos, serviu de inspiração para nomes que levam o Brasil ainda mais longe. A começar com a rubro-negra Flávia Saraiva, que vai para sua terceira edição e busca medalha que já deveria ter ganho no Japão, mas lesão a atrapalhou.

Após grande exibição na trave e vaga na final, a ginasta torceu o tornozelo durante apresentação do solo e desistiu de se apresentar nos dois aparelhos restantes. Anteriormente, no Rio de Janeiro, conquistou o 5°lugar na Trave e o 8° na competição por equipes.

Rebeca Andrade- Rio 2016 e Tóquio 2020

Enfim a maior ginasta brasileira de todos os tempos. Rebeca Andrade é provavelmente a principal atleta brasileira da atualidade considerando todos os esportes. Promessa desde muito jovem, ela foi a responsável por enfim colocar o Brasil a um pódio na ginástica e consequentemente a primeira representante do Flamengo a vencer uma medalha de ouro.

Ou seja, depois de 1932 e 22 edições consecutivas com atletas, Rebeca Andrade foi quem elevou o status do Flamengo nos esportes olímpicos brasileiros e mundiais. Ela foi medalha de ouro na prova de salto e prata no individual geral, as primeiras medalhas do Brasil.

Agora, a atleta do Flamengo chega aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como favorita ao pódio em quatro provas diferentes: salto, solo, individual geral e equipes. Além disso, seria insensato para as outras competidoras achar que ela não pode brigar também na trave e nas barras paralelas. Quatro medalhas que a fariam deixar Jogos Olímpicos de Paris como maior medalhista olímpica do Brasil na história.

Menções honrosas:

• Soraya Carvalho (Atlanta 96): Soraya era atleta do Flamengo quando se classificou para Atlanta 96, mas lesão a impediu de competir.
• Georgette Vidor: atual coordenadora da ginástica do Flamengo, Gerogette foi treinadora do clube e da Seleção e comandou muitos dos nomes citados acima.