Notificada da liminar da juíza Fernanda Louzada, da 4ª Vara de Fazenda Pública, obrigando-a a reassumir a concessão do Maracanã, a Odebrecht voltou ao controle do estádio nesta quarta-feira já anunciando que irá recorrer da decisão. A empresa disse já ter recontratado as empresas de segurança, limpeza e manutenção do gramado responsáveis pela manutenção do estádio – nas últimas semanas, houve registro de furtos e de deterioração do estádio devido ao jogo de empurra entre a empreiteira, a concessionária e o governo do Estado sobre quem seria responsável pela administração.
– Nós vamos recorrer porque nós entendemos que a Rio 2016 não fez todas as manutenções necessárias no estádio. Isso estava no termo de uso, que é o termo que disciplina o uso do estádio durante a Olimpíada. Quando ela fizer todos esses trabalhos, evidentemente que a gente vai reassumir o estádio e tratá-lo como a gente sempre tratou – disse um representante do consórcio Maracanã SA, liderado pela Odebrecht, ao RJ TV.
Na liminar concedida na sexta-feira, porém, a juíza diz que os reparos que ainda precisam ser feitos pela Rio 2016 não são fundamentais para a operação do estádio, acatando o argumento do governo do Estado que essa alegação não passaria de um pretexto da empreiteira para não reassumir a concessão num momento em que tenta se desfazer dela, negociando a venda com dois consórcios.
O Comitê Rio 2016 admitiu que não fez todos os reparos necessários ao estádio e disse que irá contratar empresas para fazê-los, mas apenas quando pagar outras dívidas com fornecedores.
Reunião com a Ferj
Em outro desdobramento, a Odebrecht aceitou convite da Ferj para participar de uma reunião que analise a possibilidade de reabertura do estádio para a realização de jogos do Campeonato Carioca- desde que o encontro inclua representantes do governo do Estado.
– A resposta da Odebrecht nos faz entender que é possível o entendimento para a realização da vistoria no Maracanã com objetivo de utilizá-lo durante o Campeonato Carioca, devolvendo ao torcedor esse patrimônio e cuidando até que seja decidido o futuro concessionário. Buscamos agora o contato com o governador Luiz Fernando Pezão, já sensível à causa – disse o presidente da Ferj, Rubens Lopes, ao UOL.
A indefinição sobre a liminar que obrigou a Odebrecht a reassumir o estádio fez a Ferj cancelar uma reunião com presidentes dos clubes que estava prevista para a tarde de ontem. Agora, segundo Lopes disse ao UOL, o objetivo é fazer a vistoria no Maracanã para avaliar os custos para a reabertura do estádio o mais breve possível, e a partir daí avaliar a viabilidade de ele ser usado no Campeonato Carioca.
– A partir disso saberemos a real viabilidade. E então vamos conversar com clubes, parceiros e empresas que trabalham lá dentro. Não sabemos se é R$ 200 mil, R$ 500 mil, R$ 1 milhão ou R$ 5 milhões. Temos que ver – explicou o presidente da Ferj, Rubens Lopes.
O estádio voltando a funcionar sob administração da Odebrecht não siginifica, porém, que o Flamengo voltará a jogar lá. O clube não tem mais contrato com a concessionária e já disse que só volta a jogar no estádio se for protagonista em uma nova administração. Até lá, deve mandar os jogos no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, atualmente em reforma.
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