O MRN pôde vivenciar uma noite mágica na última terça-feira (16). O evento Gigantes do Museu, organizado pelo Museu da Pelada, levou Lê e Nélio como atrações no Cobal do Humaitá, no Pizza Park. Os torcedores presentes puderam interagir com os ídolos, tirar fotos e pedir autógrafos a dois ex-atletas formados na base do clube.
Como bons filhos do Flamengo, como Nélio se referiu, questionamos a dupla sobre o atual momento da base rubro-negra. Nélio e Lê apareceram em momentos importantes, onde a base ajudava muito o clube, com jogadores sendo ativos no profissional. Mas hoje, a situação é diferente, e Nélio lamenta.
➕Com Nélio e Jr. Baiano, Flamengo conquista 1º e histórico título na Copinha de 1990
“A gente vê a situação de alguns jogadores que vêm se destacando na base. Não têm tido as oportunidades que a gente tinha no passado. Isso vai muito de tempo, prevalece mais os jogadores formados. Flamengo tem essa pretensão. Craque o Flamengo faz em casa, mas hoje está difícil. Contamos nos dedos os jogadores da base que estão atuando no profissional. Flamengo sempre foi forte com a base ingressando no profissional”, diz Nélio, antes de Lê concordar:
“A gente tem que botar nossos jogadores para jogar. Tem que dar o lastro para eles e contratar. Wesley vem jogando, o próprio Lorran, Matheus Gonçalves, que é um belo jogador. É continuar nessa linha”, completa Lê.
Lê vê vaias a Lorran como naturais, mas Nélio pede calma
Uma das principais joias da safra atual é Lorran. Mas recentemente, o jogador foi substituído no intervalo após sofrer vaias por um primeiro tempo abaixo. Para Lê, as vaias são naturais no Flamengo, e é preciso saber encarar a pressão. Além disso, o ex-jogador diz que Tite sabe conduzir a situação.
“Isso é uma coisa natural. Logicamente, a gente quer que tenha calma com o jogador. Mas o Tite também é um técnico malandro, vivido. Ele sabe o que fazer Ele já sacou ele no intervalo para não ter mais problemas. É um ótimo jogador, garoto é novo, 17 anos. Tem muita coisa para acontecer. Ele já não é bobo, dá para ver que tem personalidade”, opina Lê.
Nélio, por sua vez, acredita que é preciso ter mais paciência com esses jovens jogadores. Lorran tem apenas 17 anos, e precisa amadurecer alguns detalhes de seu futebol. É preciso ter esse entendimento para não atrapalhar a evolução da joia.
“Tem que ter tranquilidade. Paciência. O Flamengo hoje tem uma equipe muito mais estruturada para suportar essas questões. A gente sabe da qualidade do Lorran. É um jogador que vem despontando, fazendo boas partidas. Como outros. Próprio caso do Vini Jr, do Paquetá. Em determinados momentos oscilados, e isso é normal. A gente tem que ter paciência com esses jogadores. São crias da casa. A torcida, às vezes, fica impaciente, mas a gente vê que ele tem futuro”, finaliza Nélio.
Dupla é prata da casa
Nélio e Lê são duas crias do Ninho do Urubu e viveram bons momentos pelo clube. Nélio protagonizou uma ótima geração de talentos, conquistando a primeira Copinha da história do clube. Além disso, como profissional, foi o 10 do Penta do Mengo no Brasileirão, em 1992, e venceu a Copa do Brasil de 1990. Foram 342 partidas, marcando 72 vezes.
Lê surgiu em 1997, e com passagem que durou até 2000, marcou dez tentos em 81 jogos. No entanto, um dos dez gols foi o do título da Mercosul 99, contra o Palmeiras.
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