Candidato à presidência do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, concedeu entrevista nesta sexta-feira (19) e comentou algumas de suas ideias para o clube. Um dos temas questionados por torcedores é a profissionalização, e o ex-VP de Relações Externas revelou qual acredita ser o modelo ideal para montagem da diretoria e citou a função de Marcos Braz como vice de futebol como exemplo.
“A profissionalização é fundamental em qualquer área de trabalho. Olha o que aconteceu com o futebol na Europa nos últimos 20 anos. Tem algum VP amador em algum clube europeu? Real Madrid? Barcelona? City? Bayern? Você tem profissionais que estão ali dentro trabalhando 12, 13 horas por dia. E se ele perde, vai mal, de acordo com as expectativas de cada clube, ele não perde o campeonato, ele perde o emprego. A vida profissional no futebol é um sacerdócio – afirmou o executivo”, iniciou Bap no ‘Charla Podcast’.
➕ Diego Hypolito é grato ao Flamengo, mas revela mágoa
Muitas vezes informações apontavam para desavenças entre Braz e Bap internamente no Flamengo. O candidato, no entanto, nega que tenha relacionamento ruim com o atual dirigente e explica que seu desejo de reformulação é visando acabar com processos que fazem do profissional um funcionário do amador e prejudicam o clube.
“Não é contra o Braz. O Flamengo tem 18 Vice Presidentes amadores. Se eu for eleito, eu não quero nenhum deles se metendo na vertical que vai estar. Isso atrapalha para profissionalização. O que acontece com 30 minutos de jogo? O profissional percebe ‘ele não pode ser mandado embora e eu posso’. Não faz contraponto com o amador, tudo que quiser ele fala ‘sim senhor’, ainda que acha que você está errado. “
Outro ponto que Bap considera ser importante é que o vice-presidentes são necessariamente rubro-negros, o que muitas vezes pode influenciar julgamentos: “Tem um desafio imenso de reeducação destes vice-presidentes. E tem um agravante: torcedores. Não tem um VP do Flamengo que não seja Flamengo. Mas dos diretores, o cara pode torcer para outro time, porque são profissionais”.
Vice-presidentes do Flamengo precisam atuar como conselheiros de empresas
Em um momento da entrevista, Bap afirmou que vê o conselho diretor do Flamengo atuando como em uma empresa. Ou seja, ainda que existam os cargos estatutários, quem ocupar vai fornecer conselhos a depender da situação, mas não será o responsável por todas as decisões da pasta.
“O conselho diretor do Flamengo tinha que agir como um conselho de administração de empresa. Tem pessoas que têm experiência importante no mercado e que aconselham a empresa, no caso o Flamengo, do que deveria fazer. Mas não chegar e se meter nas áreas. Então, há áreas do Flamengo que são muitíssimos profissionais, como a financeira, e as outras que sofrem com esse tipo de desafio”, disse, antes de citar a VP de futebol como exemplo novamente:
“O caso do Braz. Ele conhece muito. Ele não pode aconselhar o clube? Ser consultado em determinadas circunstancias? Claro que pode. Agora, no meu ponto de vista, seu eu for eleito presidente, não vou me meter em tudo no dia a dia. Eu quero gente muita boa a preparada para exercício do contraditório.”
Siga o MRN no X/Twitter, Threads, BlueSky e no Instagram.
Contribua com a independência do nosso trabalho: seja apoiador.
- Últimas notícias do Flamengo: Libertadores 2019, crias vencendo e reforços
- De La Cruz ironiza rumores de insatisfação no Flamengo: ‘Muito triste’
- Boavista anuncia contratação de campeão pelo Flamengo em 2009
- Destino de Gabigol, Cruzeiro fica com o vice da Sul-Americana
- Pulgar não terá contrato renovado pela atual gestão