O MRN teve acesso ao estudo de viabilidade técnica contratado pelo Flamengo junto à consultoria Arena que embasou as negociações para convencer a Prefeitura do Rio a desapropriar o terreno do antigo Gasômetro para que o clube construa seu estádio próprio.
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O Conselho Deliberativo do clube vota na próxima segunda-feira a autorização para que o presidente Rodolfo Landim participe do leilão, com lance mínimo de R$ 138 milhões e “prudente arbítrio” para propor um valor maior caso necessário.
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O estudo técnico projeta que o Flamengo pode construir um estádio de 70 mil lugares no terreno. Esse é o mesmo número exigido como mínimo pelo edital de leilão do terreno, que prevê que a obra deve ser concluída em quatro anos e meio.
O estudo técnico do Flamengo tem o título “Um novo distrito de entretenimento no Rio”.
“O Flamengo planeja revitalizar a área do Gasômetro construindo um novo estádio. Além de receber cerca de 35 jogos de futebol por ano, o estádio será uma plataforma de serviços e entretenimento que movimentará a região 365 dias por ano, atraindo visitantes diariamente, criando milhares de novos empregos e novas opções de serviços e lazer para os habitantes do entorno. O projeto está em linha com a tendência mundial de “distritos de entretenimento”, onde o estádio atua como peça central na valorização urbana e social do entorno”, diz a introdução.
Impactos do projeto na região
A Arena avaliou que a construção do estádio impacta em 67 setores da economia, gerando 7,8 mil empregos e movimentando um PIB de R$ 367 milhões. Já a operação do estádio tem potencial de gerar 15 mil empregos e movimentar um PIB anual de R$ 573 milhões.
“O estádio do Flamengo poderá dinamizar o eixo do comércio e serviços de São Cristóvão alavancando o mercado imobiliário da região, hoje ainda muito incipiente. A região poderá ser um eixo de expansão urbana e turística do Porto Maravilha em direção ao bairro, induzindo o crescimento e desenvolvimento imobiliário para a área de expansão e Operação Urbana Consorciada e dos imóveis adjacentes”, diz o estudo.
Desafios de mobilidade
O projeto prevê também como o público se deslocará para o estádio em dias de jogo. A estimativa é de que 24,5 mil torcedores usem transporte individual (carro, moto e táxis/veículos de aplicativo), 43,6 mil usem transporte público (metrô, trem, VLT, BRT e ônibus), e que quase 2 mil torcedores cheguem de bicicleta ou a pé.
“Para que a estratégia de mobilidade proposta neste estudo seja viável, serão necessárias diversas melhorias na região, principalmente com as estações metroferroviárias”, diz o estudo. Ele prevê obras de acesso à estação São Cristóvão e obras na avenida Francisco Bicalho para interligar o estádio à estação Cidade Nova.
“Masterplan”
O plano da Arena prevê que, além do estádio com 70 mil lugares e 1.500 vagas de estacionamento, sejam construídos no terreno do Gasômetro uma praça de eventos e um centro comercial.
Já para terrenos que hoje pertencem à Cedae e ao Exército e não estão incluídos no leilão, o projeto prevê a construção de três torres de escritório com 16 andares, um hotel de 15 andares, um shopping e um edifício-garagem com 3.500 vagas.
O projeto não traz estimativas de custo nem financiamento da obra. Isso só acontecerá no projeto final, que o Flamengo terá 18 meses para elaborar depois de adquirir o terreno.
A diretoria entende que não era possível ter um projeto detalhado agora porque, em um investimento desta magnitude, um projeto executivo custa entre 2% e 4% do valor da obra, o que significaria um investimento muito grande antes mesmo da aquisição do terreno.
Galeria de imagens – clique para ampliar
As imagens são meramente ilustrativas e não correspondem a um futuro projeto do Flamengo de estádio, como dito na reportagem.
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