O Conselho Diretor do Flamengo publicou uma nota repudiando as falas do Presidente do Conselho de Administração e candidato a presidência do Mengão, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e do ex-vice presidente de Finanças, Claudio Pracownik. Em entrevista ao podcast Coluna do Fla, Bap e Pracownik criticaram a gestão atual pela proposta de comprar o clube português Leixões.
Durante a entrevista, Bap chamou de tolice a aquisição do Leixões e disse que caso o negócio seja fechado, ele irá desfazer a compra se assumir a presidência do Flamengo.
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“O que vai internacionalizar a marca do Flamengo é pegar o sinal limpo da Globo, levar o sinal do Flamengo para qualquer buraco do mundo. Segunda divisão de Portugal? Isso é uma tolice. […] Isso não vai passar no Flamengo. Isso é uma piada de mau gosto. E isso só pode estar atendendo outros interesses que não os do Flamengo. […] Se isso acontecer, nós vamos desfazer no primeiro dia que a gente ganhar as eleições”, disse Bap.
Em resposta, o Flamengo disse que o processo eleitoral não permite que os candidatos levantem ilações. O clube também defendeu o negócio com o Leixões.
“A atual administração entende que o tamanho e a força da marca do Clube o credenciam para pensarmos sempre em um Flamengo ainda maior. O processo eleitoral não pode permitir que os postulantes façam ilações ou acusações irresponsáveis, sem quaisquer indícios ou provas, e sem, ao menos, conhecer os termos e condições da operação que está sendo negociada.”, disse o clube.
Leixões x Tondela
Na nota em que reponde a Bap, o Flamengo também mirou o ex-vice presidente de Finanças, Claúdio Pracownik. O Conselho Diretor do Mengão comparou a aquisição do Leixões com a do Tondela, clube português que o Flamengo quase adquiriu, em 2022.
“É importante destacar que a operação, como vem sendo planejada, acarretará um contrato muito diferente e mais benéfico ao Flamengo do que a proposta apresentada, no passado, pelos Srs. Rodrigo Tostes e Claudio Pracownik, quando estes lideraram e foram os maiores incentivadores do projeto para aquisição do controle societário de um outro clube português por parte do Flamengo (o “Tondela”)”, apontou a nota.
A negociação entre Flamengo e Tondela estava sendo intermediada e assessorada por uma empresa dirigida por Claudio Pracownik, que comandou as finanças rubro-negras entre 2015 e 2018.
“Eu não posso comentar sobre os contratos. Eu não posso entregar os resultados. É uma questão de sigilo. E, aliás, se eu tivesse recebido uma proposta como empresa, se a minha empresa, que tem acionistas, tivesse recebido uma proposta de um investidor para comprar o Flamengo, o meu dever ético seria levar para o Flamengo”, disse Pracownik na entrevista.
Leia a Nota de Repúdio do Flamengo na íntegra
O Conselho Diretor do Clube de Regatas do Flamengo vem a público manifestar seu repúdio às insinuações irresponsáveis e mentirosas a respeito do possível acordo de operações com o clube português Leixões.
A atual administração entende que o tamanho e a força da marca do Clube o credenciam para pensarmos sempre em um Flamengo ainda maior.
O processo eleitoral não pode permitir que os postulantes façam ilações ou acusações irresponsáveis, sem quaisquer indícios ou provas, e sem, ao menos, conhecer os termos e condições da operação que está sendo negociada.
É importante destacar que a operação, como vem sendo planejada, acarretará um contrato muito diferente e mais benéfico ao Flamengo do que a proposta apresentada, no passado, pelos Srs. Rodrigo Tostes e Claudio Pracownik, quando estes lideraram e foram os maiores incentivadores do projeto para aquisição do controle societário de um outro clube português por parte do Flamengo (o “Tondela”).
Na ocasião, a compra do Tondela seria intermediada e assessorada por uma empresa dirigida pelo Sr. Claudio Pracownik, e demandaria o pagamento de milhões de Euros, dos quais relevante parte seria paga pelo Flamengo, e ficando ajustado, ainda, que a empresa do Sr. Claudio Pracownik exerceria a gestão do negócio por, no mínimo, um ano e receberia uma elevada remuneração pela assessoria na operação societária e pela gestão do negócio.
O projeto que este Conselho Diretor vem negociando para o Leixões se mostra totalmente diferente e mais benéfico ao Clube. A parceria que está sendo negociada colocaria o Flamengo como administrador do clube por três anos, sem a aquisição imediata de participação societária, o que evitará o direcionamento para o Flamengo de eventuais prejuízos ou passivos do Leixões e dispensará a necessidade de pagamento imediato para a compra das ações daquele Clube.
Este contrato para a possível parceria, que será apresentado ao Conselho Deliberativo (“CODE”) para aprovação, dará ao Flamengo uma possível opção de compra após um período de operação (três anos). De igual maneira, o exercício desta opção de compra do Leixões poderá ou não ser levada ao CODE, pelo próximo presidente do Clube, após a análise dos resultados e das diligências que serão realizadas durante o período de gestão do Leixões pelo Flamengo
Ou seja, diferentemente do caso Tondela, a negociação do Leixões não envolve nenhum dispêndio obrigatório de valores para a compra das ações.
Assim que terminarmos de discutir os últimos pontos do contrato, ele será submetido para o CODE, que poderá ver e deliberar acerca desta oportunidade que se abre para o Flamengo no exterior.
Por fim, gostaríamos de registrar nossa visão que, apesar de estarmos vivendo um período eleitoral, não podemos aceitar falas irresponsáveis e mentirosas de pré-candidatos e seus apoiadores. Tais atitudes só servem para manchar a imagem institucional do Flamengo perante o mercado e nossos parceiros.
As pessoas precisam entender que o Flamengo é muito maior do que elas e que todo rubro-negro deve pensar mais no nosso Clube do que em seus interesses pessoais.
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