Quase dez anos se passaram desde que Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, falou que o Flamengo arrumado dominaria o futebol brasileiro. Período que o time saiu das maiores dívidas para o recorde de receita da história e empilhou títulos, mas ainda não deixou de ter problemas criticados pela torcida. Assim, o MRN questionou os torcedores rubro-negro se a fala de Kalil se concretizou ou não e o porquê.
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Há argumentos possíveis para ambas as respostas. Torcedores apontam que o Flamengo passou pela reestruturação financeira e está indo para o quarto ano consecutivo com arrecadação acima de R$ 1 bilhão. Finanças que permite ao clube contratar grande jogadores e foi fundamental para um dos períodos mais vitoriosos da história do clube.
São 15 títulos entre a fala de Kalil e o atual momento. São eles: 6 Campeonatos Cariocas (2014, 2017, 2019, 2020, 2021 e 2024), 2 Libertadores (2019 e 2022), 2 Campeonatos Brasileiros (2019 e 2020), 2 Copas do Brasil (2022 e 2024), 2 Supercopas do Brasil (2020 e 2021) e 1 Recopa Sul-Americana (2020).
Parte das repostas considera que os 13 títulos a partir de 2019 configuram uma hegemonia nacional, ainda que não tenha conquistado todos os troféus que disputou. Até porque não ganhou títulos em apenas uma temporada (2023), mas ainda assim esteve na disputa por ao menos uma taça.
Essa interpretação, portanto, aponta um clube que não é perfeito e possui margem de melhora na missão de “dominar o futebol brasileiro”, mas está certamente arrumado. E tem aqueles que avaliam que é natural a competitividade não chegar ao fim mesmo com o Fla na frente dos rivais.
“Em 6 anos foram 3 títulos internacionais, 6 títulos nacionais, 4 estaduais. E quando não ganhou chegou perto. Isso é muito hegemônico. Tá longe de ser algo comum no futebol brasileiro. Esperar muita coisa além disso é desconhecer a nossa competitividade”, @mvpcastro
Falta de profissionalismo é alvo de críticas
Outra parcela da torcida não vê da mesma maneira e entende que ainda não possível afirmar que o Flamengo é um time arrumado. Isso porque a falta de profissionalismo no futebol atrapalha na hora de traduzir a diferença financeira para os rivais em vantagem esportiva.
A principal alegação está nos muitos erros na escolha de treinadores. São 23 técnicos diferentes desde 2014: 12 de 2014 a 2018; e 11 de 2019 até o momento atual com Filipe Luís. As críticas apontam não só para o alto número, mas também para os diferentes contratações que não se encaixaram na filosofia do clube.
O entendimento desta outra parcela é que o clube está arrumado financeiramente, mas ainda falta para atingir o mesmo patamar de excelência na gestão do futebol.
“O Flamengo está mais arrumado. Mas outros também se arrumaram. Por isso não ‘acabou o futebol brasileiro’. Além disso, o Flamengo ainda não é profissional na gestão do futebol”, @VLC2022.