Flamengo vence o São Paulo e é tetra da Copinha. Confira a análise do confronto
A pressão sofrida durante grande parte do jogo contrastou com o alívio no final da partida. Na decisão da Copa São Paulo 2018, o Flamengo derrotou o São Paulo por 1 a 0, no Pacaembu, na quinta-feira (25) e conquistou o seu quarto título da competição.
Com o retorno de atletas que estavam entre os profissionais e a suspensão de dois jogadores, o técnico Maurício Souza novamente modificou a equipe. Na frente, Pepê, Wendel e Lucas Silva voltaram, com os dois primeiros participando do gol do título.
Especial Copinha: O Jogo
O início da partida não poderia ser melhor para os Garotos do Ninho. Com dois minutos, Pepê cobrou escanteio e Wendel, que fez o primeiro gol da campanha do título e que substituiu o suspenso Vitor Gabriel, subiu sozinho e marcou de cabeça. Dois minutos depois, Liziero cobrou falta e quase empatou, mas a bola foi na rede pelo lado de fora. Aos sete, após chute bloqueado pela defesa do Rubro-Negro, Toró finalizou na trave. Logo depois, o Mais Querido teve duas chances: na primeira, Hugo Moura recuperou a posse já no campo de ataque, passou para Wendel, que chutou sem direção, e a segunda começou com belo passe de Pepê para Lucas Silva, que desperdiçou a chance. Aos 23, novamente jogada de Pepê, que concluiu para fora. Com 27 minutos, o Tricolor teve mais uma chance de empatar, mas Hugo Moura, volante do Flamengo, salvou. Aos 34, Helinho tentou e Yago defendeu.
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Precisando do resultado, o São Paulo começou pressionando na segunda etapa e, com dois minutos, teve oportunidade na bola parada. Rodrigo cabeceou para fora. Aos 14, Toró fez jogada individual, chutou cruzado e viu a bola parar nas mãos de Yago, após desvio em Dantas. Aos 26, Liziero cruzou com perigo e o goleiro do Fla colocou para escanteio. Minutos depois, novo cruzamento na área, mas Yago fez grande defesa em cabeçada de Gabriel Novaes. Aos 41, lateral cobrado na área, os Garotos do Ninho não afastaram e Fabinho parou em Yago. No minuto seguinte, o Tricolor quase marcou: em cobrança de escanteio, Rodrigo desviou de cabeça e Yago fez mais uma ótima defesa. Até os instantes finais, o São Paulo tentou furar a defesa do Rubro-Negro, mas sem sucesso.
Especial Copinha: Conclusões
Eficiência, sorte, competência defensiva e ofensiva acompanharam os Garotos do Ninho na final. O cansaço e os desfalques foram superados pelos jogadores, que demonstraram maturidade em seu jogo. Mesmo sofrendo muita pressão, especialmente no segundo tempo, as promessas demonstraram grande concentração na partida e, quando puderam, saíram jogando trabalhando a bola, evitando ao máximo os chutões.
Na primeira parte da partida, a equipe conseguiu equilibrar o jogo, mesmo tendo menos posse de bola. Já na segunda, os ataques eram raros, tendo o sistema defensivo grande participação e cumprindo o seu papel, não deixando o adversário marcar.
Yago, que começou a competição no banco, fez várias defesas importantes na final, sendo um dos destaques da partida e do torneio. Contra o São Paulo, não foi tão bem nas reposições como nos outros jogos, muito por conta da postura do Fla, recuado, e do adversário, que tentava pressionar a saída de bola.
Matheus Dantas e Patrick Souza, dois dos principais nomes da conquista do tetra, mantiveram o nível da sólida defesa e fizeram cortes importantes, mantendo a concentração durante todo o jogo. Patrick, inclusive, mostrou tranquilidade incrível para um zagueiro de 17 anos. Muitos desarmes corretos.
Os laterais da decisão, que também iniciaram a competição fora da equipe titular, tiveram dificuldades na marcação. No início, o zagueiro Bernardo, improvisado pelo lado direito, sofreu com Toró, um dos principais nomes dos paulistas, mas conseguiu se recuperar. Na esquerda, Pablo teve o seu setor muito explorado e teve dificuldade para conter os avanços de Helinho, do São Paulo. Dentro da defesa bem sólida do Flamengo, foi o setor menos eficiente na final.
Os dois volantes, Hugo Moura e Theo, foram crescendo durante a partida. Diferente de outros jogos, quando chegavam próximo à área no campo de ataque, finalizando de média e longa distância, ambos tentavam manter a posse de bola e seguraram os avanços dos jogadores de meio-campo do São Paulo.
Leia também: Balanço da Copinha 2018: confira a avaliação individual dos jogadores no tetra do Flamengo
Entre os quatro jogadores mais avançados – Pepê, Wendel, Lucas Silva e Bill -, destaque para os dois primeiros, que, mesmo tendo ficado pouco com a bola, se movimentaram, auxiliaram na marcação, incomodaram a defesa tricolor e participaram do gol. Bill e Lucas Silva pouco produziram na final, mas se destacaram em alguns momentos da conquista.
A conquista do Flamengo marca uma espécie de “ponto alto” da base do clube. Com diversos títulos nos últimos anos, a Copa São Paulo, principal torneio sub-20 do país, representa que o caminho certo está sendo percorrido. É o terceiro título do Flamengo em sete anos na competição. E pode vir mais por aí!
Além do título, alguns jogadores campeões participaram de partidas pelo profissional: principal objetivo das categorias de base. Patrick e Dantas mostraram que podem ser opção em uma posição bem concorrida. Na lateral-esquerda, três opções de excelente qualidade. Na direita, Wesley dominante.
No meio-campo, Hugo Moura mostrou que pode ser opção no profissional. O volante foi uma espécie de líder do grupo na campanha. Pepê, Lucas Silva e ele estão no último ano base, e, possivelmente, deverão ser aproveitados no decorrer do ano. Vale destacar a força da geração /00 também no ataque. Sem os badalados Vinícius Júnior e Lincoln, coube a Vitor Gabriel, Yuri César e Wendel chamarem o jogo. O primeiro, inclusive, foi destaque da posição e mostra potencial de craque.
Com todos sendo bem trabalhados na transição, o Flamengo tem uma geração repleta de talentos. E todos querendo ajudar!
AVALIAÇÕES NA COMPETIÇÃO
Hugo Souza (goleiro) – 6,0
Yago (goleiro) – 6,5
Victor Hugo (goleiro) – sem nota, já que jogou poucos minutos
Pedro Caracoci (goleiro) – sem nota, já que não jogou
Wesley (lateral-direito) – 6,0
Matheus Dantas (zagueiro) – 7,0
Patrick (zagueiro) – 7,0
Bernardo (zagueiro) – 6,0
Aderlan (zagueiro) – 5,5
Michael (lateral-esquerdo) – 6,5
Ramon (lateral-esquerdo) – 6,5
Pablo (lateral-esquerdo) – 5,5
Hugo Moura (volante) – 7,0
Vinicius Souza (volante) – 5,5
Theo (volante) – 6,5
Matheus Alves (volante) – 6,0
Pepê (meia) – 7,0
Luiz Henrique (meia) – 6,5
Patrick Valverde (meia) – 6,0
Yuri César (meia) – 6,0
Samuel (atacante) – 5,0
Bill (atacante) – 6,5
Lucas Silva (atacante) – 7,0
Wendel (atacante) – 6,5
Vitor Gabriel (atacante) – 7,5
Imagem destacada no post e redes sociais: Staff Images / Flamengo
Bernardo Medeiros é estudante de jornalismo na UFJF e acompanha a base rubro-negra. Siga-o no Twitter: @be_medeiros_
Caio Alves é jornalista. Apaixonado por futebol, seja ele de onde for. Fanático por futebol de base. Escreve no alambrado.net. Siga-o no Twitter: @CaioalAlves.
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