Nessa última rodada, após o empate com o Botafogo, o Flamengo perdeu a segunda colocação.
Chegamos agora a uma série de 4 jogos sem vencer, com uma derrota e 3 empates, conquistando apenas 3 pontos de 12 possíveis, um aproveitamento nas últimas rodadas pior até mesmo do que o do América-MG, nosso próximo rival e time que já se encontrava virtualmente rebaixado duas semanas antes do começo do campeonato.
Com o Palmeiras a sete pontos de distância e faltando 4 rodadas para o fim do campeonato, apenas dois cenários possíveis se desenham. Um deles é um cenário provável e racional. O Flamengo já cansado e sem fôlego que estamos acompanhando segue indo aos trancos e barrancos, belisca uma vitória contra um adversário mais fraco, arranca um empate fora, uma vitória dentro, termina em segundo ou terceiro colocado, em algumas semanas estou aqui escrevendo um daqueles textos balancetes sobre quem deve ficar e quem deve sair pra 2017 e ele começa com “Chiquinho nunca mais e se o Gabriel ficar é melhor me darem uma surra logo”.
E claro, tem o segundo cenário. O improvável. O virtualmente impossível. Aquele que o flamenguista racional nega, o torcedor não comenta com a família, se a reportagem do globo esporte te parar na rua você vai dizer que nem conhece. É aquele cenário em que certa manhã após acordar de sonhos intranquilos, o Clube de Regatas Flamengo encontra-se em seu CT metamorfoseado em um time monstruoso, talvez aquele mesmo de algumas rodadas atrás.
Um time que não depende apenas do Diego pra fazer a bola correr, um time que é decisivo na hora de decidir, um time que dos 12 pontos disponíveis só não vai ganhar 13 porque tudo que a gente não precisa é de mais confusão nesse campeonato. Um time onde o técnico mexe bem, um time onde Emerson Sheik só entra pra somar, um time onde Márcio Araújo faz o gol decisivo do título porque o Flamengo tem uma tradição de transformar em heróis os mais sofridos carregadores de piano. Um time cuja simples presença moral faria Cuca se sentir ainda no Botafogo e voltar a perder aqueles pontos que esse Palmeiras de hoje em dia parece incapaz de desperdiçar.
Eu acredito num cenário em que o Palmeiras perde 12 pontos, o Flamengo faz 12, o Santos tropeça e o Atlético-MG decide focar é na Copa do Brasil? Não vou sair por aí dizendo que acredito totalmente claro. A gente tem família, a gente tem amigos, as pessoas vão começar a fazer perguntas. Mas eu vou negar que tem um lado meu, um lado bem pequenino, aquela parte primitiva do cérebro, que diante de uma vitória quarta-feira e de um empate do Palmeiras, vai voltar a sonhar? Eu estaria mentindo se falasse que não. Como um teste de fidelidade do João Kléber, o título do Flamengo agora é aquela coisa que é complicado ser real, as pessoas ao seu redor claramente não acreditam, mas você não consegue deixar de pensar que o mundo seria mais divertido se fosse verdade.
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