Luiz Filipe Machado (Twitter: @luizfilipecm)
Quem é integrante da FlaTwitter certamente já foi bloqueado por algum jornalista.
Você não precisa brigar, nem xingar é necessário. Se você contrariar alguma “estrela” da imprensa tem grandes chances de ser bloqueado.
Aliás, nem isso é necessário. Você pode simplesmente ser citado numa conversa de terceiros, nem se manifestar, que lá vem o block.
OBVIAMENTE temos grande parcela de culpa pelos blocks. Tem gente que xinga, cria confusão de graça ou simplesmente fica enchendo o saco.
Mas já fui bloqueado por quem eu nunca segui, nem sabia quem era. Já fui bloqueado por citar algo que o próprio jornalista disse. Já fui bloqueado por estar no meio de uma conversa onde a celebridade foi citada. Nunca fui bloqueado por xingar ou desrespeitar nenhum jornalista. Podem chamar o @BauDaFlaTT para confirmar.
Ou seja, para ser bloqueado basta ter um Twitter.
Acho que boa parte desse problema é a falta de costume dos jornalistas em receber feedback. Antigamente eles falavam algo que não era tão fácil conferir, e era praticamente impossível de discutir. Hoje a gente pode pesquisar em segundos e retrucar logo depois. Mas eles não estão acostumados com esse confronto. Mesmo que amigável.
Essa seria uma ótima explicação caso só os “dinossauros” tivessem esse problema. Mas jornalistas mais jovens, que já nasceram na era da internet (agora ficou parecendo chamada do Fantástico) também apelam pro block em qualquer discussão.
Imagino que deve ser complicado ter centenas de milhares de seguidores criticando o seu trabalho diariamente. E muitas vezes sem razão. Mas acho que a maioria exagera no block. E muitos dizem só bloquear quem falta com o respeito. A não ser que discordar seja considerado falta de respeito, tem muito exagero por aí.
Mas existem exceções. Já vi jornalistas conversarem com “gente normal” numa boa. Mas é raro. A Monique Silva caiu nas graças da FlaTT por ter entendido a gente. Entrou na brincadeira e a galera se amarrou. TODA VEZ que o Cirino faz um gol ela recebe uma enxurrada de agradecimentos. Mas tudo bem, faz parte do jogo. Vivo vendo ela tirar dúvidas sobre jogadores do Atlético Paranaense quando alguém pergunta. Numa boa. Aliás, ela poderia dar um workshop de como lidar com a FlaTT. E olha que sendo mulher deve ser ainda mais difícil.
E também tem desrespeito vindo do lado de lá.
Acaba que com isso existe muito menos conversa do que o Twitter poderia propiciar. Muitos nem citam os jornalistas quando discordam, ou simplesmente fazem algum comentário que talvez, quem sabe, possa vir a parecer um motivo para um bloqueio.
O Twitter volta a ser uma ferramenta de distribuição de opinião (como os velhos jornais impressos). Não um espaço para a troca de opiniões.
Se você tem twitter e NUNCA foi bloqueado por algum jornalista, pode devolver a carteirinha na secretaria da FlaTT
Se você é um jornalista que mais parece um meio de rede de 2,15m, de tanto que gosta de bloquear, não precisa nem procurar meu Twitter. Já pode bloquear o @luizfilipecm. De nada.
Mas se você é jornalista e quer expor o seu lado, comenta aqui ou manda pro [email protected] que a gente publica a sua réplica aqui. Não tenho problema nenhum em estar errado. Podem discordar de mim à vontade.