Por Thauan Rocha | Twitter @Thauan_R e @flaimparcial Facebook: Flamenguista Imparcial
Amigos, dessa vez o texto não é meu, é do Bruno Vicente (@bruno_vicente1), convidado especial do blog.
Uma das músicas mais entoadas pelos rubro-negros, nos últimos anos, inicia com um forte pedido de respeito e, de maneira extremamente orgulhosa, termina com a frase “isso aqui é Flamengo”. O cântico é comumente voltado aos atletas, seja para apoiar ou para cobrar, porém, se necessário for, pode perfeitamente ser direcionado à diretoria, entidades comandantes do futebol e, também, imprensa. Embora todas as três opções mereçam ouvir tais palavras, apenas uma será abordada nesse texto.
Na última sexta-feira (15), o setor de Comunicação do Flamengo publicou uma nota oficial repudiando uma matéria, sobre o comportamento do zagueiro Juan em um dos treinamentos, assinada pelo jornalista Diogo Dantas, do Jornal Extra, na qual o seu conteúdo foi considerado “debochado e irresponsável”.
Tal ocorrido poderia ser visto meramente como um deslize de alguém que trabalha na cobertura do clube, porém, o que a diretoria, ao contrário dos torcedores, demorou a perceber é que esse foi mais um entre outros tantos episódios, no mínimo vergonhosos, proporcionado pela imprensa. A cada nova manchete, uma nova cutucada. E de cutucão em cutucão, os meios de divulgação de notícias vão mostrando o quanto “respeitam” o Clube de Regatas Flamengo.
É evidente que em grande parte essas situações são resultados do bairrismo existente dentro do jornalismo esportivo. Ainda que seja fortemente negado, chamadas do tipo “Flamengo está a detalhes de anunciar volante que o Corinthians não quis mais”, usado pela ESPN em referência a contratação do volante Jonas, deixam claro que a simpatia por times da mesma região sobrepõe a imparcialidade exigida pela profissão.
Outro exemplo aconteceu em uma das edições do programa Fox Rádio, da Fox Sports, quando o jornalista Fabio Sormani escalava uma provável equipe titular para esse ano e foi interrompido pelo seu companheiro de bancada, Osvaldo Pascoal, que fez questão de contar quantos jogadores do elenco rubro-negro já haviam passado pelo Corinthians. O comentário, que não acrescentava em nada para a análise que vinha sendo feita, foi claramente usado com o intuito de dar uma provocada no time carioca.
Mas nem sempre o bairrismo é a principal justificativa, às vezes tais fatos acontecem por pura maldade mesmo de quem é responsável por noticiar o que acontece no clube. O próprio Extra é carioca e frequentemente age da mesma maneira que os colegas dos outros estados.
Ao seguir essa linha, no entanto, o que a imprensa não leva em consideração é que uma série de fatores, dentre eles a popularização do acesso à internet, criou um tipo de consumidor de notícias totalmente diferente do de décadas passadas. O senso crítico aumentou e agora o leitor não se contenta em apenas receber e absorver aquilo que lê. Mais questionador, o público aprendeu a selecionar melhor o que consumir, e assim o tiro de quem tenta atingir a Nação acaba saindo pela culatra.
Dentro desse contexto, houve aqueles que, em vários casos nem jornalistas são, tiveram a habilidade de compreender melhor o comportamento desse ‘novo leitor’, são os chamados influenciadores digitais. Esses, também cansados de ler matérias que somente visavam denegrir a imagem do time do coração, passaram a ser os próprio produtores de conteúdo e pouco a pouco vêm tornando-se os principais meios de acesso entre o restante da torcida e o Flamengo.
Claro que sempre haverá quem, apesar de tudo, continuará dando preferência à imprensa tradicional, mas hoje já é possível afirmar que existem aqueles que utilizam somente mídias alternativas para se manterem informados sobre o dia a dia do clube.
Portais como: Mundo Rubro Negro, iFlamengoNews, Portal Rubro Negro, República Paz & Amor e Blog Ser Flamengo, ganham cada vez mais a preferência do flamenguista, pois além de oferecerem uma temática direcionada, fazem com responsabilidade, respeito ao clube e ao leitor e possuem em comum algo que não se pode encontrar na grande maioria dos jornalistas e comentaristas: o amor pelo Flamengo.
Resta, portanto, aos jornalistas esportivos adquirirem a mesma percepção que tiveram os influenciadores e a partir daí reinventarem sua maneira de noticiar, caso contrário, continuarão perdendo a credibilidade.
Vale lembrar que após o 7×1 sofrido pelo Brasil, de maneira unânime, comentaristas de todas as emissoras esportivas começaram a dizer que o resultado era mais um sinal que mostrava a necessidade de mudanças drásticas no futebol brasileiro. O curioso é que, no final de 2015, o Flamengo realizou um jogo festivo entre Diretoria x Imprensa. O resultado da partida foi: Diretoria 7×1 Imprensa. Sendo assim, talvez esteja na hora da imprensa esportiva também passar a enxergar os próprios sinais.
Saudações Rubro-negras!
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