O eterno Geraldo Assoviador foi homenageado com a disputa de um amistoso entre a Seleção Brasileira e o Flamengo. Ganhar da Seleção não era tarefa inédita para as cores flamengas: em 58, em pleno ano da primeira conquista do mundo, o Flamengo já tinha encaçapado o time canarinho. E em 76 não foi diferente.
Com a raça e com a categoria digna de Geraldo, considerado por todos como um dos melhores meio-campistas surgidos na Gávea, o Fla honrou sua memória. Zico já era considerado o herdeiro natural da camisa 10 de Pelé, mas o Flamengo ainda tinha o perturbador rótulo de time regional para apagar.
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Este grande tributo a Geraldo não pode ser esquecido. Ganhar da Seleção Brasileira dos anos 70 era um feito e tanto. O jogo foi pegado, à vera, com 22 atletas enleados pela comoção. A arquibancada entoava canções inebriantes. O cortejo merecido para mais um gênio da raça que partiu cedo demais.
O jogo foi uma homenagem do Brasil pouco menos de dois meses depois da morte de Geraldo, em 26 de agosto daquele ano. O Flamengo projetava em Geraldo o craque que faria dupla perfeita com Zico. Eram dois artistas da bola que cresciam juntos. A vitória foi a segunda sobre o Brasil, que nunca bateu o clube com a maior torcida do país. Geraldo Assoviador, aos 22 anos, reforça a meiuca de craques do céu.
O Maracanã recebeu incríveis 142 mil torcedores e os gols foram de Paulinho e Luís Paulo. Pelé estava em campo pela Amarelinha. E toda renda foi destinada à família de Geraldo Cleofas Dias Alves.