Paty Castelan - Blogueira da Nação Santa Catarina
Flamengo. Palavra bonita de se ouvir e de se ver escrita.
Derivada do Latim “flamma”, no dicionário seu significado é: “da cor da chama, vermelho, flamíneo, brilho, queimar, arder”.
Na antropologia, deriva de “Flandres”, região que faz parte da Bélgica. Para a FIFA (apesar de todas nossas justas reservas para com a Instituição, é a autoridade máxima no futebol mundial), Flamengo significa simplesmente: o maior Clube do mundo, com a maior torcida.
O Clube que nasceu nas águas, levantando os troféus ganhos nas regatas, ganhou os gramados e os corações do país que apesar de tudo, ainda é o país do futebol. Seu maior campeão. Dono das maiores glórias e melhores jogadores que o mundo já viu.
O empate de ontem contra o Nova Iguaçú foi complicado. Não pelo título do Botafogo. De forma alguma. Mesmo. Foi até hilário ver como comemoraram. Sim, não é bonito, mas a rivalidade tem seu lado sádico bem apurado. Também é genial dizer aos amigos botafoguenses (existe meia dúzia espalhados pelo Brasil :P), que “- Nós deixamos eles embolsarem R$ 1milhão de pena pela situação do Clube tendo que fazer promoções na camisa para não fechar as portas” ou “- Em 50 anos de competição vocês só conseguiram vencer em 8 anos. Por favor me avise quando chegar aos 20”.
Claro que R$ 1 milhão é uma gota d’água no Botafogo. Seria mais ainda no Flamengo. O problema não foi esse. O problema é que a cada vitória soberana do Fla, como fora no último Fla x Flu, remete a todos nós à época de ouro do futebol nacional. Dos grandes Fla x Flu’s da história. Mesmo a nós, que não vimos isso ao vivo. Cada grande vitória do frágil elenco atual, faz o torcedor achar que vai ganhar todas as competições que disputar. O fato de “a bola gostar de nós” também não apareceu ontem. Algo raro mas os gols simplesmente não saíram. E não foi por falta de tentativa.
Fato que o time estava muito desfalcado ontem mas empatar com o lanterninha incomoda. Nos dá um choque de realidade: o time principal é fraco e não temos banco. Isso incomoda. E deveria mesmo.
Estamos falando afinal, do maior Clube do mundo. Contudo, deve-se lembrar que a má atuação do time para mim, além da limitação técnica, também se deve a toda turbulência extra campo que os jogadores sofreram nas últimas semanas e ao fato de ter outro Clube (SP) tentando levar nosso técnico embora. São humanos e tecnicamente muito limitados. Não podemos cobrar demais deles.
Os desmandos, a corrupção de décadas e décadas fizeram com que o Fla não se tornasse o maior detentor de títulos internacionais no Brasil. Também estamos empatados com o SP em títulos nacionais. Isso também incomoda. Não é aonde deveríamos estar.
Entretanto, um “mundo novo” nos acena com boas notícias. A aprovação essa semana da Lei de responsabilidade Fiscal no Flamengo foi um marco na nossa história e sendo o Maior do Mundo, um marco para a história do Futebol Mundial. A promessa da gestão “azul” é de economizar, “botar a casa em ordem” para termos um bom time em 2017. Estamos confiantes e aguardando isso. Enquanto não chega esse período, vamos sim ter que conviver com empates patéticos, derrotas estúpidas e títulos ganhos escapando das nossas mãos.
Com o time completo e com um pouco de “flamma” nos olhos, podemos sim, conquistar mais um Carioca. E iremos. As semifinais nos brindaram com clássicos e nossa chama vai brilhar de forma incandescente.
Comecei esse texto fazendo um trocadilho com a bela canção que impulsionou a Seleção Brasileira em primeiro título Mundial (58), por isso.
Por acreditar piamente que mesmo com alguns deslizes e contratempos, vamos guardar no Museu do Fla mais uma Taça de campeonato Carioca, a 34. O Flamengo é forte. E grande. É o Maior do Mundo.