Na última terça-feira (18), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um Projeto de Lei sobre a proibição no uso de garrafas de vidro – de bebidas ou qualquer outra natureza – no entorno dos estádios de futebol. A medida, agora, segue para o governador Cláudio Castro, que terá 15 dias para vetar ou sancionar.
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O Projeto de Lei 1.631/23 é de autoria de Carlinhos BNH (PP). Em plenário da Alerj, o deputado explicou o intuito da proibição, que acontecerá nos arredores dos estádios, em uma distância de 200 metros dos portões de entrada.
➕ Brigas entre torcedores de Flamengo e Vasco causam tumultos pelo Rio de Janeiro
“Aqui no Rio, no Estádio do Engenhão, os policiais passam muitas dificuldades com os bailes no entorno do estádio. Quando acontece uma briga, essas garrafas se tornam uma arma na mão do torcedor. A proibição é para não entregar o recipiente de vidro na mão do torcedor”, explicou Carlinhos.
O plenário decidiu que as bebidas poderão continuar sendo comercializadas em recipientes de vidro, desde que sejam servidas em outros materiais. A decisão visa garantir a segurança de torcedores que frequentam os estádios de futebol.
Vale ressaltar que a proibição não dá conta apenas de bebidas alcoólicas, mas da circulação de qualquer recipiente de vidro, por qualquer pessoa, dentro do prazo estabelecido. A restrição vai vigorar nas cinco horas que antecedem e sucedem a realização das partidas.
Caso a medida seja descumprida, podem ser aplicadas advertências e multas de 50 a 50 mil UFIR-RJ (medida de valores e índice de atualização de tributos, multas e taxas), aproximadamente R$ 216,64 mil a R$ 216,64 mil.
Agora, o Projeto de Lei vai ser enviado ao governador Cláudio Castro, que terá 15 dias para vetar ou sancionar.
Morte de torcedora do Palmeiras inspirou a criação do projeto para estádios discutido na Alerj
O Projeto de Lei se inspirou no caso de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras, que faleceu em julho de 2023. Na ocasião, a jovem foi atingida por uma garrafa de vidro durante confusão no entorno do Allianz Parque, na Zona Oeste de São Paulo.
Na época, o Flamengo visitava o Palmeiras, quando houve uma confusão nos arredores do Allianz. Uma garrafa de vidro foi lançada em direção a torcedores do alviverde, e estilhaços atingiram o pescoço de Gabriela. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois do ocorrido.
Brigas recentes nos arredores de estádios do RJ
Infelizmente, as brigas nos arredores dos estádios não são novidades, e há casos recentes de confusões antes das partidas de futebol. No dia 2 de junho, quando foi disputado o clássico entre Flamengo e Vasco, 30 pessoas envolvidas em brigas de torcida foram presas pela Polícia Militar.
Entre os presos, 11 membros de torcidas organizadas foram detidos pelo Bepe (Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios) nos arredores do Maracanã. Em Niterói, outros 12 membros de torcida organizada com Vasco, com medidas restritivas às praças esportivas, também foram conduzidos à delegacia.
Menos de um mês antes, no dia 11 de maio, antes do jogo entre Flamengo e Corinthians, também houve confusão nos arredores do Maracanã. Torcedores do alvinegro que viajaram até o Rio de Janeiro sem ingressos tentaram invadir o local, e a Polícia Militar precisou usar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os torcedores. Não houve informações sobre feridos.
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