Allan deve receber sua grande oportunidade para se tornar titular desde que chegou ao Flamengo. Com a provável lesão de Pulgar, que deixou jogo contra o Botafogo sentindo o tornozelo, ele deve assumir vaga de primeiro volante justamente em momento que cresce na equipe e pode ter encaixe ainda melhor que o chileno. É o que acredita o analista e colunista do MRN, Victor Nicolau, dono também do canal Falso Nove.
“Em um meio de campo que possui dois meias criativos, ainda que um deles contribua bastante para o momento sem a bola (DLC), há uma necessidade grande de cobrir espaços e saltar pressão para compensar a exposição no meio de campo. De La Cruz é vertical e joga rápido, faz mais passes… e também acaba errando mais passes em quantidade. O efeito negativo disso é permitir mais contragolpes e está tudo bem”, iniciou Victor Nicolau.
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O analista entende que são essas novas características do time com Tite que estão fazendo Pulgar ter dificuldade em jogos desta temporada. Afinal, apesar de bom passador, ele tem dificuldade em se deslocar tanto para trás quanto para cobrir as laterais do campo. Já Allan, segundo Victor, entrega a mesma qualidade com bola e mais combatividade na marcação.
“Mas Pulgar acaba entregando a antítese do que é necessário neste contexto. O chileno é bom passador (assim como Allan), mas sem a bola trabalha melhor posicionado. Quando precisa se deslocar para combater sempre chega atrasado, não por acaso o seu amarelo cativo a cada jogo. Allan cobre mais campo. É mais rápido e mais combativo. Com bola, é tão bom quanto. Não vejo perdas. Só vejo ganho, em especial para o sistema de jogo atual do time.”
Vale destacar que os últimos jogos corroboram com a análise de Victor Nicolau. Isso porque Pulgar está recebendo críticas por não manter nível que demonstrou no último ano, enquanto Allan parece ganhar confiança da torcida e da comissão técnica de Tite.
Números de Allan no Flamengo em 2024
Allan começou o ano se recuperando de lesão e, logo após voltar, precisou para para reequilíbrio muscular e por sofrer dengue. Ele realizou trabalho especifico com a comissão técnica e Tite, cresceu fisicamente e adquiriu bons números na temporada.
Em 11 partidas que disputou até, o meio-campista tem 86% de acerto nos passes, vence 63% dos duelos defensivos e recupera 2,5 bolsa por jogo. Mas o que mais chama a atenção certamente é a alta intensidade que imprime em campo nos momentos de marcação, seja no campo adversário ou na defesa.