Assim como acontece com a maioria das grandes franquias do cinema, apostar nos responsáveis por um grande sucesso do passado pode ser um grande erro.
Acho que muitos de vocês têm mais ou menos ideia de como funciona a indústria do cinema. A bilheteria é o grande termômetro de quantos e quando será(ão) produzida(s) a(s) continuação(ões) ou a total morte de uma sequência no cinema. Atualmente, uma franquia começa a se desenhar com uma bilheteria que bate o dobro do dinheiro investido inicialmente no primeiro filme. Vamos pegar como exemplo o Batman Begins (2005), o reboot da série com o orçamento em US$150 milhões, o filme lucrou mais de US$370 milhões, no mundo todo. Enquanto que o segundo, Dark Knight (2008), maior sucesso, custou US$185 milhões e rendeu em torno de US$ 1 bilhão, e o terceiro filme também foi extremamente lucrativo, com budget de US$250 milhões e bilheteria de aproximadamente US$1,1 bi. Mas graças à Zico, Christopher Nolan não aceitou mais dirigir a franquia e continuou com seus excelentes filmes e ideias inovadoras no cinema.
“Why so bunda-mole, Flamengo?”
O mesmo não podemos falar do nosso querido George Lucas. Dono da maior da maior franquia de todos os tempos, George não quis largar o seu bibelô nas mãos de estranhos e resolveu filmar a história de Anakin Skywalker da sua maneira e os resultados são patéticos. Vale ressaltar que a trilogia IV, V e VI de Star Wars é um marco na cultura pop do mundo inteiro. Para ter uma ideia, Star Wars ainda é exibido em cinemas até hoje e os filmes tem marcas impressionante… A trilogia clássica custou míseros US$61 milhões e arrecadou US$775 bilhões! Sim! Tudo isso! Mas todos sabem que Star Wars: The Empire Strikes Back foi dirigido pelo professor de George Lucas, Irvin Kershner. E também desconfio que Lucas não dirigiu o episódio IV… Spilberg estava muito envolvido na produção e consertou vários “erros” de Lucas. Mas a volta de George a franquia foi um desastre, filmes pavorosos como Phantom Menace, Attack of the Clones e Revenge of the Sith. As bilheterias caíram e as críticas foram monstruosas em cima do péssimo trabalho da Lucas Art e Cia. E cada vez que Lucas mudava algo na pós-produção dos filmes clássicos, mais apanhava dos fãs e críticos. Citei esse exemplo, mas poderia falar de Ridley Scott em Alien, Francis Ford Coppola com Godfather ou George Romero com a série de filmes de zumbi.
“Messa love RC”
Aonde eu quero chegar com isso? Eu quero dizer com isso? Essas situações do passado glorioso retornando é um paralelo com Flamengo atual e o mindset da torcida, talvez baseado no decepcionante ano de 2017. A bilheteria alta são os títulos e os antigos diretores são os medalhões voltando. Muitas pessoas comentam que antigos ídolos/bons jogadores podem voltar e fazer tranquilamente o que já tinham realizado com maestria. Mas nem sempre isso acontece, na minha opinião é bem raro acontecer com êxito. Mozer parece não desempenhar um trabalho de xerife nos bastidores. Assim como a volta de Sávio, Bebeto, Renato Gaúcho, Renato Abreu, Ibson, Zinho e outros, não significou muita coisa ao clube. Raros são os jogadores que voltam em alto nível ao Flamengo, como Juan. Então muito cuidado pedindo a volta de Imperador, Elias e outros que nos dispensaram no passado e agora querem recuperar a sua carreira usando o clube como trampolim.
“…you either die a hero or you live long enough to see yourself become the villain.”
Bem-vindos a Norskeland aqui só se fala de Flamengo, Metal, cultura Nerd e trash!
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