Jogadores do Bolívar viralizaram pela reação no momento em que foram sorteados para o mesmo grupo do Flamengo na Libertadores. Enquanto alguns celebravam a oportunidade de enfrentar o Rubro-Negro no Maracanã, outros lamentaram confronto com candidato ao título logo na fase de grupos. Entre os que não gostaram de dividir grupo com o Mengão, estava o atacante brasileiro Bruno Sávio.
Aos 29 anos, o atacante titular do time boliviano já enfrentou o Flamengo quatro vezes ao longo de sua carreira e nunca venceu. Em entrevista à ESPN, o atleta relembrou o último encontro e derrota de seu time. Ele não saiu do banco na derrota do Al Ahly para o Mengão por 4 a 2, na disputa de terceiro lugar do Mundial de 2023, mas foi o suficiente para entender dificuldade de enfrentar o elenco rubro-negro.
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“É normal, cada um reagiu de uma maneira. Dos times brasileiros, para mim o Flamengo é quem tem o melhor investimento, você tem jogadores de seleção, conhecidos. É sempre difícil jogar contra o Flamengo. No Mundial de Clubes eu não entrei, mas meu ex-clube jogou contra. Sei como é difícil jogar contra o Flamengo”, disse Bruno Sávio.
Antes do duelo no torneio da Fifa, Bruno só tinha enfrentado o Flamengo na temporada de 2016. Defendendo o América-MG, o atacante viu seu time perder os dois jogos do Campeonato Brasileiro e também duelo pela antiga Primeira Liga.
Mas o jogador alerta para a dificuldade de enfrentar o Bolívar, principalmente em casa. Jogando em altitude de 3.600 metros acima do nível do mar de La Paz, Bruno Sávio relembra que a equipe derrotou times considerados favoritos quando jogou em seus domínios, incluindo o Palmeiras.
“Também é muito difícil jogar contra nós, um time bem treinado, temos nossos valores individuais também. Inclusive ano passado o Palmeiras veio aqui e perdeu, o Cerro Porteño, o Barcelona-EQU e o próprio Athletico-PR. Espero que esse ano a gente consiga provar novamente que temos qualidade”, afirmou.
Flamengo vai repetir estratégia de 2019 para enfrentar Bolívar em La Paz
Temendo os efeitos da altitude da cidade boliviana, o Flamengo definiu que vai repetir estratégia que deu certo em 2019 para jogo no país. Após consultas a Marcio Tannure, chefe do departamento médico, e ao preparado Fábio Mahseredjian, o departamento de futebol definiu que o time chegará na capital boliviana horas antes de partida.
O time vai viajar primeiro para Santa Cruz de La Sierra, que tem 400m de altitude e não causa efeitos no corpo, e o voo para La Paz será apenas no dia do jogo. O plano é o mesmo que o clube usou para enfrentar e vencer o San José na altitude de 3.800 metros de Oruru, também na Bolívia, na Libertadores de 2019.
Bruno Sávio afirma que os efeitos da altitude variam de pessoa para pessoa, o que é um fato, mas cita vitória da Seleção Brasileira sobre a Bolívia na altitude como exemplo. Jogadores brasileiros costumam reclamar muito dos efeitos no corpo, e a Seleção não é bom exemplo. Afinal, o time da Bolívia é muito inferior ao Brasil e a última vez que venceu foi em 2009, justamente em La Paz.
“Nunca tive muito problema com a altitude. Desde que cheguei me adaptei muito rápido. A altitude é muito pessoal, cada um reage de cada forma. Para mim foi muito tranquilo. Claro que muitas pessoas se sentem mal, mas tem pessoas que não sentem nada. Acho que a grande prova disso é que recentemente a seleção veio aqui e ganhou da Bolívia.”
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