Raça de Carlos Volante chamou tanta atenção que seu próprio sobrenome acabou por batizar no Brasil todo jogador de meio-campo mais defensivo
Carlos Martín Volante foi um meio campista argentino que, por conta da sua grande capacidade de marcação no meio-campo, emprestou seu sobrenome para designar todos os jogadores que que atuam na proteção da zaga, com mais objetivo defensivos do que ofensivos.
Carlos Volante marcou época no Lanús, onde assinou seu primeiro contrato como jogador. Na Europa teve passagens pela Itália e França. E foi no Brasil que ele encerrou as suas atividades, atuando como volante pelo Flamengo entre os anos de 1938 a 1943.
Ficha Técnica Carlos Volante
Nome completo | Carlos Martín Volante | ||
---|---|---|---|
Data de nascimento | 11 de novembro de 1905 | ||
Naturalidade | Lanús , Argentina | ||
Data da morte | 9 de outubro de 1987 (com 76 anos) | ||
Lugar da morte | Milão , Itália | ||
Posição (ões) de jogo | Volante | ||
Carreira juvenil | |||
1923-1924 | Lanús | ||
Carreira sênior * | |||
Anos | Equipe | Apps | ( Gls ) |
1924–1926 | Lanús | 11 | (0) |
1926 | CA General San Martín | 3 | (0) |
1928 | Platense | ||
1929-1930 | San Lorenzo | ||
1930-1931 | Excursionistas | 0 | (0) |
1931–1932 | Napoli | 25 | (0) |
1932-1933 | Livorno | 32 | (0) |
1933–1934 | Torino | 16 | (0) |
1934–1935 | Rennes [1] | 22 | (1) |
1935–1936 | Olympique Lillois | 24 | (1) |
1937-1938 | CA Paris | ||
1938–1943 | Flamengo | 100 | (3) |
time nacional | |||
1928-1930 | Argentina | 2 | (0) |
Equipes administradas | |||
1945-1946 | Lanús | ||
1946–1948 | Internacional | ||
1953–1955 | Vitória | ||
1959-1960 | Bahia | ||
* Aparições e gols no clube sênior contam apenas para a liga doméstica |
Como jogador, Carlos Volante passou por clubes como Lanús, San Lorenzo, Napoli e Lille. Em 1938, curiosamente, atuou como massagista na delegação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do mesmo ano. Logo após, veio para o Flamengo, onde jogou como volante e foi tricampeão estadual nos anos de 1939, 1942 e 1943.
O papel do volante ao longo do tempo
De acordo com o jornalista e sociólogo Carlos Ferreira, em artigo publicado no site do jornal O Liberal, “os volantes simbolizam as transformações táticas, ditadas pela intensidade crescente do futebol. Na era do jogo cadenciado, um volante marcava dois meias. À medida que a preparação física foi acelerando o jogo, sumiram os típicos pontas e acrescentou-se o segundo volante, em nome também de maior ofensividade dos laterais. A maior intensificação do jogo fez surgir o terceiro volante, em nome da consistência defensiva”.
A posição sempre foi considerada peça chave para grandes transformações táticas do futebol. Mas o jogador da posição sempre foi tratado mais como um atleta do que como um artista da bola, associado sempre à falta de técnica compensada pelo vigor físico.
“Até a fisiologia dar saltos e gerar atletas de altíssimo rendimento físico, o futebol era ditado pelo talento. Quem corria mais, corria oito quilômetros por jogo. Agora, atletas chegam a correr até 14 quilômetros nos 90 minutos. A força e a resistência dos atletas e a falta de ousadia da maioria dos técnicos inibem o talento em campo. Os jogos são mais disputados do que jogados”, analisa Ferreira.
Carreira como treinador
Ao encerrar a sua carreira como jogador, o primeiro volante da história virou treinador de futebol. No Brasil comandou times como Internacional, Vitória e Bahia. Pelo colorado gaúcho foi campeão gaúcho em 1947 e 1948. Pelo Vitória foi campeão Baiano em 1953 e 1955. Com o Bahia a Taça Brasil de 1959 ao assumir o Bahia na reta final da competição e entrar para a história ao vencer o Santos de Pelé. O time nordestino foi campeão vencendo por 3 a 1 na final que aconteceu no Maracanã.
Carlos Volante nasceu em Lanús, na Argentina, em 11 de novembro de 1910 e morreu em Milão, na Itália, em 9 de outubro de 1987, aos 76 anos de idade.
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