Palmeiras e Flamengo duelaram em uma linda tarde de domingo pelo Brasileirão. Um clássico que o Brasil se acostumou a acompanhar e esperar grandes exibições por parte dos melhores elencos da América do Sul, mas que na prática não se retratou.
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A partida já teve seu começo bem antes do apito inicial, ainda na última semana, com as polêmicas que rondaram as vésperas do confronto e tiraram o protagonismo da tática e do futebol propriamente dito. A começar pelas falas impulsivas e desdenhadoras de Abel Ferreira. O português chegou a se questionar “O que eles tem de diferente de nós’?
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O resmungo de Abel Ferreira demonstra o quanto ele ainda precisa buscar saber mais sobre a história do futebol brasileiro e seus rivais, mas só para citar algo que o Flamengo tem de diferente, para não prolongar muito, talvez seja o Mundial de Clubes, que os palmeirenses ainda sonham em conquistar.
Para além das polêmicas de Abel, os shows realizados no estádio deixaram o gramado em condições inapropriadas para a prática de um bom futebol, bom futebol este que não é costume do Palmeiras usufruir, diferente do que o Mais Querido pratica.
A birra em relutar para jogar em um local que claramente não havia condições de receber o espetáculo, possivelmente teve motivos estratégicos que fogem do “campo/bola” para vencer uma partida contra o seu principal adversário. O gramado e a atmosfera, prejudicaram o espetáculo.
Primeiro Tempo
Em boa parte do primeiro tempo, torcedores do Flamengo imaginaram estar assistindo um duelo do famoso Telecatch (modalidade de luta livre de sucesso no Brasil no final da década de 80). Os atletas do Palmeiras só paravam as jogadas do Mengão com as chamadas “faltas táticas”, que na real, não há como definir se foram tão táticas assim. Inclusive, o árbitro parece ter levado consigo um estoque baixo de cartões amarelo, devem ter saído da promoção.
A inibição de Arrascaeta anulou as jogados ofensivas do Rubro-Negro e prejudicou a ação de um Carlinhos que ficou perdido devido estas circunstâncias. O camisa 22 não conseguiu ter o protagonismo esperado pela dificuldade da bola chegar até o ataque com uma maior facilidade.
As bolas aéreas foram a única jogada utilizada pelo Palmeiras com o intuito de furar a defesa rubro-negra, mas não houve êxito. Por fim, a etapa terminou em um 0 a 0 “broxante” para os torcedores do Mengão e para os amantes de um bom futebol.
Segundo Tempo
A etapa complementar iniciou já com a entrada de Pedro! Carlinhos foi punido pela falta de oportunidades durante o jogo, geradas pelo número excessivo de faltas cometidas pelo adversário. A equipe do Palmeiras se cansou do jogo físico e pareceu desistir da luta, semelhante ao que fez Kleber BamBam ao virar de costas para Popó.
Com a mudança na postura palmeirense, o Mais Querido passou a ter mais espaços e oportunidades de gol. A genialidade de Arrascaeta ficou evidente como sempre, com o uruguaio sendo o principal responsável pelas jogadas de ataque, ao lado de um Pedro com movimentação ampla.
Houve uma redução gradual na chatice imposta por Abel Ferreira, na medida em que o Mengão foi conquistando mais espaços. As mexidas de Tite deram resultado, e o Mengão passou a dominar o confronto. O Flamengo e Palmeiras enfim, passava a ficar mais interessante, principalmente para a Nação.
A equipe rubro-negra não conseguiu aproveitar as oportunidades que teve, o que fez o Palmeiras do Telecacth se sentir mais confortável no jogo. Abel Ferreira resolveu abrir mais a equipe, mesmo correndo certos riscos. Um gol de cabeça, sim, mais um tomado pelo Flamengo, chegou a ser anulado por volta dos 43 minutos.
Mesmo com os sustos, a partida terminou em 0 a 0, e o Mais Querido mantém sua invencibilidade em 2024 e seu retrospecto positivo no Allianz Parque.
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