André Rocha criticou o amadorismo dos dirigentes rubro-negros e declarou que o Mais Querido deve refletir sobre decisão da Libertadores
No próximo dia 30 de janeiro, o Maracanã será o palco da final da Taça Libertadores da América. Sem o Flamengo, Palmeiras e Santos se enfrentarão na decisão da maior competição do continente sul-americano. De acordo com o colunista André Rocha, do UOL Esporte, esse duelo paulista é uma dura lição para o Mais Querido.
“Um duro golpe para quem se imaginava construindo hegemonia no país e no continente depois de emendar as conquistas de Brasileiro, Libertadores, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e o bi carioca. É óbvio que a pandemia virou tudo do avesso, esvaziou os estádios e mudou as perspectivas. Mas não é só isso”, afirmou o comentarista.
Segundo o cronista, 2019 foi uma exceção construída pelo trabalho de Jorge de Jesus. Para André, o técnico português criou uma filosofia independente do departamento de futebol do clube, impondo rigidez aos atletas, afastando antigos funcionários, como o auxiliar permanente Marcelo Salles, e protegendo o elenco do alvoroço político tão comum no Flamengo.
Com a saída do Mister para o Benfica, veio à tona a dura realidade carioca. De acordo com o jornalista, o Flamengo tá inserido num contexto de política acima da competência, de privilégios dentro do elenco, acomodação por parte de gestores, jogadores e de amadorismo dos dirigentes do clube, que insistem em manter um estreito relacionamento com políticos populistas.
Mesmo nesse atual cenário turbulento, o Flamengo consegue estar bem à frente dos seus rivais estaduais, que acumulam fracassos dentro e fora de campo. Porém, André destaca que, a falta de concorrência local contribui para o momento complicado do Rubro-Negro, que observa seus adversários paulistas crescendo dentro de competições importantes.
” O Corinthians ainda é o grande vencedor dos últimos dez anos, com três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial. Mas Santos ganhou Copa do Brasil (2010) e Libertadores (2011) e o Palmeiras faturou dois Brasileiros (2016 e 2018) e também a competição de mata-mata nacional, em 2012 e 2015. Agora o São Paulo é líder do Brasileiro e pode encerrar jejum de oito anos”, escreve o autor.
André Rocha salienta a importância para o Flamengo de trabalhar profissionalmente, destacando a necessidade de reflexão que a final protagonizada pelos paulistas coloca. As lições devem gerar boas ações para que os momentos gloriosos vividos em 2019 não fiquem somente no passado.
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