Após chegar a um acordo com Flamengo e Fluminense, a CSM (Chime Sports Marketing) apresentou uma proposta para comprar da Odebrecht a concessão de exploração do complexo do Maracanã até 2038. A empresa britânica é uma das maiores na área de marketing e consultoria esportivos no mundo, e entrou no mercado brasileiro em 2012, quando adquiriu a Golden Goal.
A Golden Goal/CSM e o Flamengo já são parceiros em uma série de iniciativas. A principal delas é o Nação Rubro-Negra, programa de sócio-torcedor do clube, desenvolvido e administrado pela empresa, que também cuida do programa do Fluminense, o que facilitou os acertos com os clubes. Embora o programa rubro-negro seja alvo de algumas críticas por não estar entre os com mais adeptos no Brasil, o acordo financeiro com a Golden Goal é considerado vantajoso para o Flamengo, já que a empresa fica com apenas 20% do valor arrecadado, enquanto em outros clubes, como o Corinthians, essa parceria leva até metade das contribuições dos sócios.
O NRN, porém, não é o único projeto conjunto de Flamengo e CSM. A empresa, que criou os mascotes da Copa e dos Jogos OLímpicos, esteve por trás da recente repaginação do mascote do clube e também é responsável por coordenar as aparições do personagem em eventos. A CSM também administra a parte futebolística do programa de km de vantagem dos postos Ipiranga, que vende ingressos para jogos do Flamengo.
No que diz respeito a estádios, a empresa é responsável pelos camarotes e programas de hospitalidade do Maracanã e do Allianz Parque, e já cuidou do mesmo serviço por oito anos no Engenhão. Em 2014, a CSM já tentou, sem sucesso, comprar a concessão do Mineirão.
Clubes serão protagonistas, diz executivo
O executivo-chefe da Golden Goal/CSM, Cadu Ferreira, ouvido pelo Globoesporte.com, garantiu que os clubes serão protagonistas no novo modelo de concessão do estádio.
– Nssa filosofia é a mesma dos clubes: a gente entende que os clubes devem ser os protagonistas, não uma empresa qualquer de marketing esportivo. Os clubes são o carro-chefe do estádio, e os colocamos à frente da organização dos jogos. Vai ser outro Maracanã. O clube vai se sentir em casa, diferentemente do modelo em que ele era um mero cliente. Qualquer outra proposta não está alinhada com o edital de licitação vencido pela Odebrecht em 2013. Havia uma cláusula que obrigava o uso do estádio por dois clubes cariocas. Antes de fazer a proposta, a gente sentou com governo, Casa Civil e Odebrecht. Não tiramos a proposta da cartola. Ela está feita dentro do reequilíbrio financeiro – afirmou Cadu Ferreira.
Também ao Globoesporte.com, o CEO do Flamengo disse que a solução não é a ideal, mas é aceitável para o Flamengo, ao contrário da alternativa que se desenhava, do segundo colocado na licitação de 2013, o consórcio Lagardere/BWA, assumir o estádio.
– Todo mundo sabe que o Flamengo deseja mesmo é que tenha uma nova licitação, onde possa participar e ser protagonista. Na hipótese de isso não ocorrer, não aceitaria que a empresa intermediária viesse prejudicar os interesses do Flamengo. Fizemos um acordo com a CSM e, se esse modelo prevalecer, o Flamengo considera satisfatório – afirmou o dirigente do Flamengo.
Caso a Odebrecht e o governo aceitem a proposta da CSM, o Flamengo deve assinar um contrato de 32 anos para mandar os seus jogos no estádio, que ainda terá que passar pelo Conselho Deliberativo do Clube.
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