Após a saída do técnico Jorge Jesus, vários nomes de treinadores estão sendo vinculados ao Flamengo, e o mais forte no momento é do português/venezuelano Leonardo Jardim, de 45 anos. De acordo com informações do jornalista João Guilherme, da Fox Sports, na reunião que decretou sua saída do clube, o Mister indicou o nome de Jardim ao vice de futebol, Marcos Braz.
Quem é Leonardo Jardim
Filho de emigrantes portugueses, Jardim nasceu na Venezuela. Em 2001, aos 27 anos, iniciou a sua carreira profissional como treinador na Associação Desportiva da Camacha, cargo que exerceu durante cinco temporadas. Após seu primeiro trabalho, foi convidado para treinar o Desportivo de Chaves, em meados de 2007. No entanto, foi em 2009 que começou a ter seu trabalho notado, ao assumir o Beira Mar e subir para a primeira divisão do Campeonato Português.
A partir de 2011, só esteve a frente de equipes grandes como Braga, Olympiacos, Sporting e Monaco. Após deixar o clube francês em dezembro do ano passado, Jardim segue livre no mercado.
Títulos conquistados
Taça da Madeira: 2003–04; Campeonato Português – 2ª Divisão: 2009–10; Campeonato Grego: 2012–13; Copa da Grécia: 2012–13 e Ligue 1 (Campeonato Francês): 2016–17.
Prêmios individuais
Melhor treinador da Ligue 1 (Campeonato Francês): 2016–17; Treinador português do ano da FPF: 2017.
Estilo de jogo
Jardim se notabilizou por ter revelado Mbappé, quando treinava o Mônaco. O técnico dirigiu o time francês de 2014/15 até o fim de 2019, tendo 270 partidas e 139 vitórias. Na temporada 2016/17, levou o clube até a semifinal da Uefa Champions League, onde foi eliminado pela Juventus.
O Mônaco de Jardim tinha alta capacidade de alternar ritmos. O português contava em seu elenco com jogadores verticais e de muita força física, que tendiam sempre a colocar mais velocidade em suas ações. Conseguiram, por vezes, propor bem o jogo, situação normal dentro do Campeonato Francês, mas dificilmente fugiam das características de seus principais jogadores.
No estilo do Flamengo de Jorge Jesus, a equipe de Leonardo sem a presença da bola, alternava com facilidade sua marcação em bloco alto, médio ou baixo, que nada mais é que avançar, pressionar em uma zona intermediária ou marcar perto de sua área. E tudo isso, definitivamente, força o erro de seus adversários.
Quando perdia a posse, o Monaco reagia rápido. Em um primeiro momento, sempre fazia o “perde e pressiona”, mas, ao perceber que a bola tinha saído da zona de pressão, rapidamente os jogadores se colocavam atrás da linha da bola, sustentando suas linhas. Uma transição defensiva muito bem feita e coordenada. O sistema mais utilizado pela equipe era o 4-4-2, formação comum no Flamengo de JJ.
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