O Conselho Deliberativo do Flamengo votou pautas importantes na noite desta segunda-feira (09), que influenciam diretamente no futuro do clube. Uma delas foi a realização das reuniões do Conselho acontecerem virtualmente. A Comissão de Estatuto foi a idealizadora da emenda, que determina que votações sejam feitas a distância dependendo do julgamento da presidência do conselho.
Caso entenda que o tema não é secreto, e existindo a possibilidade da transmissão, isso pode ser adotado. Mas ainda existe a dúvida sobre os recursos do Flamengo para investir em um sistema remoto. Entretanto, a medida foi rejeitada pelo conselho.
Um dos conselheiros argumentou que o sistema pudesse custar de R$ 8 a R$ 10 milhões. Wallim defendeu a votação à distância, e Rodrigo Dunshee alegou que o presidente do conselho deveria dar a palavra final se a eleição também deveria ser online, o que foi descartado por ser considerado desnecessário. Na votação final, a médica acabou não sendo aprovada, e as votações continuam sendo presenciais.
Marcos Braz segue podendo acumular cargos políticos com cargo no Flamengo
Mas essa não foi a única votação desta noite. Uma delas foi sobre o a permissão do sócio de continuar participando com poderes no Flamengo durante processo eleitoral. Recentemente, Marcos Braz se candidatou e venceu a eleição para se tornar vereador no Rio de Janeiro, e pode se candidatar à ALERJ ou Congresso, principalmente após o resultado da votação no Flamengo.
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Isso porque após a votação, segue permitido que o cartola não perca seus direitos ou seu cargo dentro do clube por conta de sua atuação ou candidatura à cargos políticos. Portanto, Marcos Braz segue podendo exercer sua função no Ninho do Urubu. Segundo o jornalista Renan Moura, o diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta, defendeu Marcos Braz durante a votação.
“Cacau Cotta defendeu Marcos Braz durante a reunião do CODE e segue permitido ao sócio a participação nos poderes do Flamengo durante processo eleitoral. Com isso, o vice-presidente de futebol pode continuar à frente da pasta, caso venha como candidato à ALERJ ou Congresso”, diz o jornalista.
Outro ponto foi a limitação dos sócios off-Rio, que agora é de apenas 1000 sócios. Isso implica em uma parcela menor de votantes, o que pode implicar, como resultado, em uma concentração de poder, evitando que opositores tenham vez.
A pauta foi aprovada, e um dos argumentos principais para isso foi de que um grande número de sócios off-Rio poderiam, até mesmo, “decidir por uma venda do clube”. A maioria, porém, seguiu outra linha de argumentação.
Os sócios que votaram a emenda no Conselho Deliberativo entendem que os proprietários pagam mais caro para terem direitos políticos, e os sócios off-Rio devem ficar mais limitados por conta disso.