Na última quinta (23), o Flamengo venceu o Bragantino em jogo atrasado do Brasileirão. O Mengão diminuiu a distância para os primeiros colocados e é o terceiro, com 60 pontos. O comentarista Eugênio Leal explicou sobre a influência de Tite e comissão no gol de Arrascaeta, com passe de Erick Pulgar.
“O que fez a diferença para que o gol do Flamengo acontecesse? Tem muito da mexida tática que o Tite fez e como o time soube abrir espaços na defesa do Bragantino. Pulgar ganha a bola, dá para o Bruno Henrique, que arrasta o Juninho Capixaba para o extremo e abre o campo. Quando ele arrasta, leva junto o Luan Cândido. Quando ele para, fica um espaço. Aí entra a leitura de espaço, inteligência de movimentação”, introduziu Eugênio.
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O comentarista segue sua análise e explica o impacto das primeiras movimentações do Flamengo durante a transição ofensiva:
“Nesse momento o Pulgar começa a empreender um deslocamento em direção a esse espaço. Ele ocupa um espaço deixado pelo Luan Cândido que saiu para marcação em cima do Bruno Henrique. O Arrascaeta recebe essa bola e percebe rapidamente esse deslocamento. Quando o chileno vai para o espaço, ele leva consigo o Jadsom. Essa bola vai justamente naquele espaço vazio para o Camisa 5”, afirmou o comentarista.
“O que acontece? Essa movimentação gerou um espaço livre enorme na entrada da área do Bragantino. A defesa que estava compacta se abriu. O Bruno Henrique arrastou dois para um lado, o Pulgar levou um cabeça de área e ficou uma corrida sobre quem chegaria na bola primeiro. Quem estava muito mais atento, e a gente vê já na inclinação do corpo, era o Arrascaeta. Embora seja menor, mais baixo, ele conseguiu chegar na frente da marcação”.
Eugênio conclui destacando genialidade de Arrascaeta no gol do Flamengo
Por fim, Eugênio Leal elogia a atenção de Arrascaeta e coloca isso como fator preponderante para que ele conseguisse a antecipação em relação aos seus marcadores:
“E aí o Arrascaeta chega antes da marcação e o detalhe: o toquinho que ele dá, de biquinho, tirando do goleiro. Todo mundo esperava o chute para o outro lado e a bola, por sorte dele, ainda bate na trave, no goleiro e entra”, aponta Eugênio antes de concluir:
“Então queria destacar justamente isso: a construção de espaços na defesa e o aproveitamento desse espaço para gerar situação possível para o Flamengo fazer o gol. Isso tudo a partir das mexidas, pois o Bruno Henrique e o Pulgar saem do banco e criam um novo desenho tático no Flamengo”