Para conseguir viabilizar a desapropriação do terreno do Gasômetro, foi preciso convencer o prefeito Eduardo Paes de que o projeto seria bom para o Rio de Janeiro. Para isso, um estudo de viabilidade técnica foi montado, e o MRN obteve acesso ao documento apresentado pelo clube. Diversos fatores se destacam, mas economicamente, é facilmente perceptível os ganhos potenciais para a cidade com a construção do estádio do Flamengo.
O documento mostra que a construção do estádio do Flamengo no Gasômetro impacta 67 setores da economia. Mas dez desses setores se destacam, com 82% desse montante impactando setores específicos explorados na apresentação feita pela consultoria Arena, contratada pelo Rubro-Negro.
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Confira os dez principais setores da economia que serão impactados pelas obras do estádio do Flamengo.
- Intermediação financeira, seguros e previdência complementar
- Construção
- Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
- Comércio por atacado e varejo
- Energia elétrica, gás natural e outras utilidades
- Atividades jurídicas, contábeis, consultoria e sedes de empresas
- Refino de petróleo e coquerias
- Fabricação de produtos de borracha e de material plástico
- Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos
- Transporte terrestre
Obra do estádio do Flamengo vai gerar quase 8 mil empregos e movimentar R$ 367 milhões
Para construir o estádio do Flamengo, empregos também serão gerados. De acordo com o documento produzido e apresentado pelo Flamengo, serão 7,8 mil empregos gerados nos primeiros quatro anos de obra no terreno do gasômetro.
Cada setor vai movimentar um valor específico no Produto Interno Bruto (PIB) da região, movimentando um total de R$ 367 milhões por conta do estádio.
Emprego obra (4 primeiros anos) | PIB obra (R$ milhões) | |
Comércio | 648 | 24 |
Serviços | 685 | 53 |
Construção civil | 5.667 | 216 |
Indústria | 714 | 65 |
Agropecuária | 176 | 10 |
Total | 7.891 | 367 |
Efeitos de operação do estádio também vão impactar
Além da obra do estádio do Flamengo, a operação também surtirá efeitos após a construção. Assim como na obra, serão 67 setores econômicos impactados, mas com o montante de 82% também focados em dez setores, repetindo apenas os de transporte terrestre; intermediação financeira, seguros e previdência complementar; atividades jurídicas, contábeis, consultoria e sedes de empresas; refino de petróleo e coquerias; comércio por atacado e varejo; além de outras cinco diferenças listadas abaixo.
- Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
- Atividades imobiliárias
- Alojamento
- Outras atividades administrativas e serviços complementares
- Alimentação
Operação do estádio vai gerar 15 mil empregos e movimentar R$ 573 milhões por ano
Uma nova tabela no documento também mostra o quanto a operação do estádio vai impactar na geração de empregos e da movimentação do PIB anual, com mais de meio bilhão de reais anuais.
Empregos gerados | PIB ao ano (R$ milhões) | |
Comércio | 490 | 18 |
Serviços | 14.029 | 348 |
Construção civil | 53 | 2 |
Indústria | 437 | 56 |
Agropecuária | 246 | 12 |
Total | 15.255 | 573 |
Com os 14.029 mil empregos gerados no setor de serviços, serão 157% de empregos pela operação do novo estádio do Flamengo, a mais do que o estipulado no estudo da Urban Systems, para o BNDES. A informação também consta no estudo do Flamengo levado até o prefeito.
CoDe do clube vota compra do terreno e prudente arbítrio de Landim
A votação no Conselho Deliberativo para aprovar a participação no leilão acontece na segunda-feira (29). O MRN fará a cobertura in loco da Gávea para trazer a informação com celeridade. Além da aprovação para dar lance pelo terreno do gasômetro, também será votado o prudente arbítrio do presidente Rodolfo Landim para ofertar pelo terreno que pode abrigar o novo estádio.
Ou seja, caso seja necessário, o Landim poderia ofertar mais do que o lance mínimo de R$ 138 milhões. Pré-candidato à presidência do Flamengo com apoio do atual presidente, Rodrigo Dunshee já garantiu que o teto do clube para investir pelo terreno de seu novo estádio é de R$ 146 milhões, sem se aproximar dos sonhados R$ 250 milhões pela Caixa.
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