O que no papel é um Flamengo difícil de ser batido, na realidade se mostra o adversário perfeito para os times que lutam pela primeiras posições da tabela. Se em 2016 esse foi um fator positivo na conquista do ótimo 3º lugar, em 2017 foi um dos fatores principais para uma campanha frustrante no Brasileirão.
No ano passado o clube, que terminou entre os seis melhores, teve um aproveitamento de 50% jogando contra os outros cinco componentes do grupo que se classifica para a Libertadores via Liga Nacional. Foi apenas uma derrota, em casa, para o campeão Palmeiras. Foi como mandante, em uma temporada na qual o clube foi peregrino, que o Flamengo bateu Santos, Atlético Mineiro e Atlético Paranaense, e empatou com Botafogo. Fora de casa terminaram invictos, com cinco empates.
Em 2017 o aproveitamento é péssimo e o clube só venceu um dos seis confrontos: contra o Cruzeiro, há poucos dias. No último domingo (12), uma derrota pesada contra o Palmeiras mostrou os erros que se repetiram ao longo de toda a temporada. Faltam dois duelos diretos, contra Corinthians e Santos e em casa. A chance que o time tem de minimizar o péssimo desempenho contra os principais time do país. Até então o aproveitamento é de 0,16% – 1 vitória, 4 empates e 5 derrotas, quatro delas longe de sua torcida.
Altos investimentos, grandes nomes no elenco e promessa de um grande ano. Para os torcedores, 2017 tinha tudo para ser O ano do Flamengo. Na reta final da temporada, no entanto, o que se vê é uma coleção de insucessos, fraco desempenho e muita frustração.
Ainda restando dois jogos contra adversário diretos na luta pela Libertadores – enquanto ainda é G6 –, o rubro-negro sofre e pode acabar fora da principal competição continental e ainda atrás de grandes rivais com muito menos poderio econômico. Muito dinheiro, aliás, não é o mesmo que muito sucesso, e o Flamengo provou isso neste ano.