Com o efeito suspensivo de Gabigol, o Flamengo se manifestou publicamente sobre o caso. A assessoria do clube disponibilizou uma aspa de Rodrigo Dunshee, vice-presidente jurídico do time. O que chamou a atenção na aspa do mandatário foi a indireta enviada ao TJD.
Isso porque o pleno do TJD foi o responsável por punir Gabigol com dois anos de suspensão de sua atividade profissional por suposta tentativa de fraude no exame antidoping. Mas os exames foram feitos pelo atacante e nenhuma substância proibida foi encontrada. Dunshee explica que a decisão de ir até o CAS, na Suíça, se deu justamente por entender que o TJD é ‘emocionado’, alfinetando a decisão.
➕️Gabigol consegue efeito suspensivo e está de volta ao Flamengo
“A gente fica feliz que a decisão de recorrer ao CAS foi acertada. A estratégia feita no começo foi de optar assim, porque como o Gabriel é um atleta internacional, ele pode ser julgado, na primeira instância, pelo Tribunal Pleno, aqui do Brasil, e a segunda instância, no CAS, na Suíça. Fizemos opção por usar esse benefício ao atleta internacional porque entendemos que seria uma garantia de um julgamento menos emocionado, vamos dizer assim”, diz Dunshee.
Rodrigo Dunshee vê Gabigol perto de absolvição
O que corrobora com isso, para Dunshee, é a unanimidade no efeito suspensivo votado na Suíça. Isso mostra que Gabigol tem grandes chances de ser absolvido.
“Recebemos com muita satisfação o resultado do efeito suspensivo do Gabriel, lá no CAS, por 3 a 0. Essa decisão reconheceu que as chances de sucesso do Gabriel são razoáveis e, portanto, não seria justo que ele ficasse um ano sem exercer a profissão dele enquanto é julgado esse recurso. A decisão não entra em maiores detalhes sobre as chances de sucesso, mas é um início animador”, diz Dunshee, antes de encerrar:
“Estamos no caminho certo, com muita felicidade. Vamos poder contar com o Gabriel, que faz muita falta”, comenta o mandatário, logo após duas derrotas seguidas do time principal do Flamengo, sendo três jogos sem vencer.
Ao MRN, advogado concorda com Rodrigo Dunshee
“Essas medidas só são concedidas quando há o que se chama ‘fumaça do bom direito’, ou seja: há uma razoável probabilidade de que o autor tenha razão. Como foi concedido o efeito suspensivo, ainda por cima por unanimidade, podemos concluir que todos consideraram bem provável que o Gabriel terá razão lá no final”, diz.
Gabigol não joga há dois meses, mas vai poder buscar sua absolvição exercendo sua profissão e honrando a camisa do Flamengo.
O clube já mostrou entender que o atacante foi punido por um mau comportamento, já que os agentes da antidopagem não gostaram da forma como foram tratados, mas qualquer tentativa de fraude não foi provada e os testadores caíram até em contradição ainda no pleno do TJD.
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