Ao contrário do que muitos torcedores ainda pensam, e até questionam o Flamengo pelo valor investido, o Fair Play Financeira, prática comum no futebol europeu, não limita os clubes a gastar a mesma coisa. O conjunto de regulamentos visa impedir que as equipes gastem mais do que podem. Ou seja, não é possível fazer contratações caras ou gastar demais sem o equilíbrio financeiro necessário.
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A agência Sports Value estuda os dados financeiros do futebol brasileiro há décadas e publicou uma simulação com os clubes que estariam descumprindo as regras do Fair Play Financeiro caso ela existisse no Brasil.
➕Conselho do Flamengo aprova emenda que dificulta criação de SAF
A empresa explica que o modelo ideal para o Brasil é transversal, analisando os dados financeiros com os índices de “controle rígido dos déficits e prejuízos do clubes e SAF’s”, com máximo de R$ -20 milhões na média de dois anos. Além disso, o “controle dos gastos com futebol com salários e contratação”, não podendo ultrapassar 73% das receitas dos clubes. O “endividamento controlado” também foi citado, com Índice de dívida líquida abaixo de 2,0.
Nesses moldes, veríamos o Flamengo nadando de braçadas e alguns rivais que se acham novos-ricos estariam enrascados. É o caso do Botafogo, que se vendeu para o norte-americano John Textor e fez os torcedores pensarem estar no caminho correto.
Controle rígido dos déficits e prejuízos dos clubes e SAF’s: Flamengo com melhor superávit e Botafogo SAF no vermelho
O primeiro item abordado pela empresa é o de controle rígido dos déficits. A Sports Value explica que a regulação visa buscar décifit zero, alegando que o “ideal é que as perdas líquidas médias dos últimos 2 anos não ultrapassem R$ -20 milhões”. A tabela da empresa mostra sete clubes no negativo, com o Botafogo SAF na pior situação.
O Vasco aparece próximo do Botafogo, sendo o segundo pior da lista, para a surpresa de pouquíssimas pessoas. O Flamengo, por sua vez, aparece na outra ponta dos 20 clubes da elite do futebol brasileiro, com o melhor superávit.
Ordem é parecida no controle dos gastos com futebol
O segundo ponto importante apontado pela empresa é o controle de gastos, e não é nada diferente da lista anterior no que diz respeito a ordem dos times devedores e o Mengão na ponta.
A Sports Value analisa que o índice de 73% dos gastos com futebol sobre a receita é um limite seguro. Além disso, esse número pode melhorar para 80% caso o clube tenha poucas dívidas, mas a empresa ressalta que são casos raros no Brasil.
“Índices muito elevados”, como do Botafogo, “indicam gestão desequilibrada e risco para a saúde financeira da Indústria do futebol”, segundo a empresa.
Além do Flamengo, com o melhor índice, de 62%, Athletico, Santos, Cuiabá, Internacional e Corinthians, próximo adversário do Mengo na Copa do Brasil, de acordo com os dados até 2023, são os únicos clubes abaixo desse percentual. O Botafogo, no fim da lista, tinha 169% de gastos em cima das receitas até 2022, reduzindo para 106% em 2023, mas ainda no final da lista e muito acima do que seria levado em conta.
Endividamento controlado: Mengo no Top 5 estável e sem problemas com Fair Play Financeiro
O terceiro elemento importante no Fair Play Financeiro é o endividamento. Ter o controle das dívidas é essencial para não gastar mais do que pode. A empresa calcula que o índice, tido na seguinte conta: “Dívida Líquida = Passivo total – Ativo Circulante – Ativo Realizável”, não deve ser superior a 2,0. O Mengo aparece com boa saúde financeira.
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