Flamengo passa pela Portuguesa e garante vaga na final da Copinha. Confira a análise do confronto
Superior na maior parte da partida, o Flamengo ganhou da Portuguesa por 3 a 2, no Canindé, na segunda-feira (22), em jogo válido pelas semifinais da Copa São Paulo. Com o resultado, os Garotos do Ninho garantiram a vaga na final da competição pela quarta vez na história. O adversário na decisão será o São Paulo, nesta quinta-feira (25), no Pacaembu.
O técnico do Flamengo, Maurício Souza, novamente teve mudanças na equipe titular. Sem o seu único lateral-direito de origem – Wesley, que saiu machucado na partida anterior – entre os 25 jogadores relacionados para a competição, o zagueiro Bernardo atuou na posição. Além disso, o lateral-esquerdo Ramon e o atacante Wendel, que foram chamados para atuar pelos profissionais, começaram no banco. Por outro lado, Hugo Moura, suspenso nas quartas de final, começou jogando.
Especial Copinha: O Jogo
O início da partida já dava mostras que as duas equipes tentariam buscar o resultado. A Portuguesa, em sua primeira tentativa, abriu o placar aos oito minutos. Cesinha recebeu lançamento, avançou pelo lado direito da defesa flamenguista, cruzou e Davi desviou para o gol. Logo depois, aos 12, Luiz Henrique cobrou falta e Vitor Gabriel, de cabeça, empatou. Os gols no início deixaram o jogo mais aberto e os dois times continuaram atacando. Aos 20 minutos, Cesinha, um dos destaques da Lusa, tentou de fora da área e Yago fez a defesa. Aos 28, novamente Cesinha chutou e o goleiro Rubro-Negro defendeu. Aos 36 minutos, após cobrança de lateral, Vitor Gabriel passou pela marcação e achou Luiz Henrique dentro da área. O meia finalizou e marcou o gol da virada. Aos 42, Vitor Gabriel recebeu da esquerda, passou pela defesa dos paulistas e quase fez mais um, mas o goleiro da Portuguesa salvou.
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O segundo tempo começou da mesma maneira que a primeira etapa terminou: com pressão do Flamengo. No primeiro minuto, Bernardo cabeceou para fora, após cruzamento da direita. Aos cinco, Bill fez boa jogada pela direita e cruzou com perigo, mas Matheus, goleiro da Lusa, tirou de soco. No minuto seguinte, Bill passou por dois marcadores dentro da área e finalizou na trave. Com tanto volume nos minutos iniciais do segundo tempo, os Garotos do Ninho ampliaram o placar aos 15. Luiz Henrique cobrou escanteio e Vitor Gabriel marcou de cabeça. O centroavante chegou a marcar o terceiro dele na partida, após rebote de chute de fora da área de Hugo Moura, mas o bandeirinha marcou impedimento. O Mais Querido quase marcou o quarto aos 30, mas o chute de Bill, de fora da área, foi no travessão e, na volta, Luiz Henrique desperdiçou. Minutos depois, o time paulista diminuiu com Pernambuco, que aproveitou cruzamento da esquerda de defesa dos flamenguistas. Aos 43, o zagueiro Patrick perdeu a bola dentro da área para Pernambuco, que parou em grande defesa do goleiro Yago.
Especial Copinha: Conclusões
No primeiro tempo, o Flamengo teve dificuldades para conter os ataques do adversário, sobretudo com os avanços de Cesinha, um dos principais jogadores da Lusa, pelo lado direito da defesa carioca, que teve que improvisar um zagueiro na lateral. A organização defensiva no primeiro terço da partida foi longe do que a equipe mostrou ao longo da Copinha e permitiu que a Portuguesa fizesse um gol e criado outras chances. Algumas falhas de posicionamento e até mesmo a perda de bola dentro da área nos últimos minutos do jogo poderiam ter custado caro. Até a partida, o Flamengo só tinha sofrido um gol na competição. Os números compravam a dificuldade defensiva diante da equipe da Portuguesa.
Apesar de ter sofrido o primeiro gol, o Mais Querido reagiu bem. Em uma situação que ainda não tinha vivenciado na competição – o único gol sofrido até então no torneio, foi após abrir o placar -, o time empatou com menos de cinco minutos depois, o que pode ter sido bom para o psicológico do time.
Os dois volantes, Theo e Hugo Moura, que não começaram bem no confronto, cresceram e foram importantes para controlar a partida. No segundo tempo, além de marcar e fazer a bola girar, ambos chegaram próximos à área, tendo ainda mais opções na frente. Hugo Moura, inclusive, assustou o goleiro da Portuguesa em chute de fora da área.
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O ataque Rubro-Negro foi eficiente e criou várias ocasiões de gol. Na primeira parte, quando teve menos oportunidades, marcou duas vezes. Já na segunda, até poderia fazer mais do que o terceiro, mas teve azar, já que Bill parou na trave duas vezes. Aliás, o atacante, mesmo não tendo participado diretamente nos gols, foi muito ativo, principalmente no segundo tempo, com jogadas em velocidade e drible.
Luiz Henrique e Vitor Gabriel também tiveram grande destaque. O primeiro deu as duas assistências para os gols do segundo, que deu o passe para o único gol do primeiro. Os dois movimentaram bastante, auxiliaram na criação das jogadas e ainda desperdiçaram chances, mas pararam no goleiro.
Vitor Gabriel é um símbolo da campanha do Flamengo nesta Copinha. Um começo oscilante, porém visivelmente promissor. O time Rubro-Negro fez da competição uma montanha, em que cada passo foi calculado e superado com muita disposição. Até chegar ao topo, o elenco praticamente todo foi utilizado, o que dá mostras da força coletiva do grupo. Uma trajetória vitoriosa, que merece elogios, mesmo antes da decisão desta quinta.
Imagem destacada no post e redes sociais: Staff Images / Flamengo
Bernardo Medeiros é estudante de jornalismo na UFJF e acompanha a base rubro-negra. Siga-o no Twitter: @be_medeiros_
Caio Alves é jornalista. Apaixonado por futebol, seja ele de onde for. Fanático por futebol de base. Escreve no alambrado.net. Siga-o no Twitter: @CaioalAlves.
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