A publicação preconceituosa atacando os nordestinos que votaram em Lula (PT) nas eleições presidenciais, de Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo e esposa de Rodolfo Landim pode ter consequências mais sérias. Isso porque a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), instaurou um inquérito para investigá-la por xenofobia.
Insatisfeita com o resultado das eleições, Ângela, que é natural de Aracajú, Sergipe, fez uma postagem onde se referia aos eleitores nordestinos como “carrapatos”: “Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”, publicou a diretora do Flamengo em seu Instagram pessoal.
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A aspa xenofóbica de Ângela Machado causou revolta por parte dos torcedores do Flamengo, que é maioria na região nordestina. Por isso, uma pessoa entrou em contato com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância para denunciar a esposa do presidente.
“A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), a partir de notícia crime formulada, instaurou procedimento para apurar todos os fatos. A autora da mensagem será ouvida e a investigação está em andamento”.
Na última quarta-feira, o Presidente Rodolfo Landim tratou o acontecimento como um “mal-entendido”. Questionado por torcedores enquanto participava de uma entrevista ao “Canal do Benja”, Landim defendeu a esposa e o direito dela se manifestar: “Foi quase um desabafo, por ver a terra que ela tanto ama, ela achar que não vai ter nos próximos anos o destino que ela gostaria que tivesse. Ela tem o direito de se posicionar”.
Benemérito do Flamengo pede afastamento de Ângela Machado
Após a repercussão, o benemérito do clube, Siro Darlan, do grupo político Fla-Tradição, pediu a destituição de Ângela do seu cargo no Flamengo. A solicitação destaca que: “Diante de tal gravidade, requer seja instaurado o necessário processo de destituição da Diretora Ângela Machado como um necessário ato de reparação a imensa torcida nordestina do Flamengo”.