Na tarde desta terça-feira (27), Eduardo Paes vai se reunir com o presidente Lula em Brasília para tratar sobre o terreno comprado pelo Flamengo para construir seu estádio. O prefeito do Rio de Janeiro vai explicar a desapropriação da área e quer o apoio do presidente para evitar uma briga judicial com a Caixa Econômica Federal, que comanda fundo de investimentos que era o dono do local.
O Flamengo adquiriu o terreno inicialmente por R$ 138, 2 milhões em leilão. Valor que foi posteriormente aumentado pela perícia em R$ 7,885 milhões, montante já depositado pelo clube. A Caixa, no entanto, entende que foi muito prejudicada no negócio e promete ações judiciais contra a desapropriação.
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O banco tentou impedir a realização do leilão, sem sucesso, mas o processo segue na Justiça para tornar o resultado inválido. É justamente para evitar um longo cenário de disputas judiciais que Eduardo Paes se encontrará com Lula.
O prefeito vai apresentar argumentos que mostram que os acionistas da Caixa estão enganados ao afirmarem que terão prejuízo e o FGTS será afetado. Paes, que tem o apoio de Lula em sua candidatura à reeleição na prefeitura do Rio, quer que o presidente intervenha para que o caso seja resolvido fora da Justiça. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, e o advogado geral da União, o ministro Jorge Messias, também participarão do encontro.
O fundo controlado pelo banco estatal é dono de outros terrenos na Zona Portuária, que vão se valorizar com a construção do estádio rubro-negro. Pedro Paulo, deputado federal e braço direito de Paes, também estará na reunião e confirmou o objetivo da conversa em entrevista.
“O objetivo da reunião com o presidente Lula é desmistificar o tal prejuízo aos acionistas do Fundo e a reafirmar a importância do projeto para a Cidade. O novo estádio será construído dentro das diretrizes definidas pela prefeitura e própria Caixa”, disse ao O Globo.
Landim comenta custo e benefícios de estádio do Flamengo
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, escreveu artigo no jornal ‘O Globo’ sobre a construção do estádio rubro-negro no terreno do Gasômetro. Ele falou sobre o custo para levantar um equipamento esportivo para 80 mil pessoas e como uma obra magnitude irá gerar muito empregos. Além de comentar benefícios para o Rio de Janeiro.
“A construção ali de uma arena esportiva para 80 mil torcedores terá como consequência a modernização de todo o seu entorno, incluindo a Zona Portuária, o Porto Maravilha e regiões vizinhas. (…) A geração de empregos é outro ponto relevante, visto que colocar de pé um sonho que pode custar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões exigirá a contratação de um grande volume de mão de obra, criando emprego e renda para trabalhadores de todas as torcidas.”