Antes do CT Ninho do Urubu ficar pronto, o Flamengo realizava seus treinos na Gávea, também no Rio de Janeiro. Foi nesse local que uma invasão aconteceu há 15 anos, por parte de torcidas organizadas do Rubro-Negro. Quem relembra esse episódio é o ex-lateral Léo Moura, que atuou no Mais Querido entre 2005 e 2015.
Durante entrevista ao Charla Podcast, o ex-jogador comentou o que aconteceu em agosto de 2008. A saber, naquela época, o Flamengo passava por crise e a torcida foi na Gávea cobrar os jogadores. No entanto, a “cobrança” acabou passando dos limites, e uma confusão entre torcedores e atletas aconteceu durante o treino.
Leia mais: Flamengo conhece adversário da terceira fase da Copa do Brasil
“A gente chegava pra treinar, sempre tinha muitos seguranças. Nesse dia, não tinha muitos. Eu já pensei, ‘pô, tem alguma coisa estranha’. Começamos a treinar, estávamos no rachão, e daqui a pouco… ‘Queremos raça’ (imita grito da torcida). Irmão, estouraram uma bomba no campo”.
Após isso, Léo Moura brinca sobre reação de Egídio, jogador do Fla naquele ano.
“Na hora que estourou, ‘tu’ tinha que ver o Egídio. Ele pulou como se fosse cena de filme. Ele saltou e deu uma cambalhota”, disse Léo, entre risadas.
Por fim, o ex-lateral fala sobre nível de pressão no Rubro-Negro, e afirma:
“Isso é Flamengo. Flamengo é pressão, o cara tem que ter peito pra jogar ali. E sem receber (risos). Mas pra mim, o Flamengo é nível máximo”, finalizou.
Relembre o episódio contado por Léo Moura
Cerca de 30 torcedores de organizadas foram até o treino do Flamengo, para cobrarem resultados do time na temporada. Naquele momento, o Mengo não estava bem no Brasileirão, havia perdido o Carioca na final para o Botafogo, e já estava eliminado da Libertadores pelo América do México.
Sendo assim, os torcedores perderam a linha. Ao invadir o treinamento, jogaram uma bomba caseira no gramado, onde estava sendo realizada algumas atividades com o elenco. Com os ânimos exaltados, uma confusão entre torcida e atletas começou: Juan, Ibson e Bruno partiram com tudo para cima dos invasores. No entanto, uma grade separava o campo da parte onde os torcedores estavam, e por isso, uma briga generalizada não aconteceu.
A saber, alguns jogadores foram atingidos pelos estilhaços da bomba, como o atacante Obina e o zagueiro Dininho. Um dos alvos principais do protesto era justamente Léo Moura, o lateral do Fla. Até que o capitão Fábio Luciano se apresentou como representante do elenco, e conseguiu conversar pacificamente com os protestantes.
Um dos torcedores presentes na invasão foi Anderson Clemente, o Macula, presidente da Raça Rubro-Negra até os dias atuais. Na ocasião, ele garantiu que não havia jogado a bomba no gramado, e declarou buscarem apenas uma conversa.
Siga o MRN no X/Twitter, Threads, BlueSky e no Instagram.
Contribua com a independência do nosso trabalho: seja apoiador.
- Supercopa 2025: Botafogo está próximo de enfrentar o Flamengo
- Vojvoda escancara elogios ao Flamengo: ‘Um dos melhores do Brasil’
- Últimas notícias do Flamengo: Fortaleza, Internacional e Hugo Souza
- Flamengo não tem mais chances de ser campeão do Brasileirão
- Jogo do Flamengo marca maior renda da história do Castelão