A inauguração do novo estádio do Atlético- MG contou com o apoio financeiro incessante de um ex-patrocinador do Flamengo: o MRV. A marca tem Rubens Menin, empresário atleticano, como um de seus grandes expoentes. O MRN dá o nome do estádio justamente por conta de todo o investimento feito, mas os naming rights estão ‘atrasados’.
O consultor em comunicação Jorge Lopes Cançado usou seu perfil no Twitter para destrinchar os moldes da parceria do MRV com o Atlético-MG e explica que o acordo de R$ 71,8 mi oferecido por Menin ao clube por intermédio da empresa são pelos naming rights dos dez anos seguintes. Ou seja, de 2023 até 2033. Mas acontece que a marca já estava ligada ao projeto antes mesmo de sair do papel.
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“O empresário Rubens Menin, da MRV, ofereceu ao Atlético o valor (atualizado) de R$ 71,8 milhões por 10 anos de Naming Rights do estádio. Em teoria, seriam R$ 7,180 milhão por ano entre 2023 e 2033. A proposta foi aceita pelo Atlético através de seus gestores, entre eles, Rubens Menin. Porém, o estádio já começou a ser chamado de Arena MRV lá em 2017, antes mesmo das obras começarem, esses 6 anos, ficaram ‘de graça'”, explica o comunicador.
Jorge detalha negociações do Atlético-MG por estádio
Na explicação, Jorge diz que o clube buscou injeção de dinheiro desde o início.
“O Atlético afirmou que precisava vender os Naming Rights lá no começo da obra pra usar o dinheiro na própria obra, por isso o valor foi ‘baixo’ pois nenhuma outra empresa confiou em pagar milhões em uma ‘ideia’, já que o estádio não existia”, explica, antes de introduzir a participação de Rubens Menin nisso tudo.
“Menin, que estava atuando dentro do clube pra construir o estádio, colocou o dinheiro através de sua empresa, mas mesmo sabendo que o Galo precisava do valor à vista, propôs pagar o valor parcelado em 10 anos e só iniciaria o pagamento após a inauguração do estádio, o que não faz sentido com o argumento anterior”, afirma.
O próprio Menin ‘negociou’ consigo mesmo por ambos os lados, por parte de Atlético-MG e MRV, e ainda contou com uma terceira fonte: o banco Inter, que também é de Menin.
“Ainda assim, Menin (representando o Atlético), aceitou a proposta do Menin (representando a MRV), mas como precisava do valor bem antes do prazo dos pagamentos, o Atlético decidiu buscar um banco pra antecipar os valores e fez um empréstimo. Qual banco? O Banco Inter, de Rubens Menin, que topou pagar R$ 42,5mi à vista em troca de todo o valor de contrato (R$ 71,8mi)”, escreve.
Jorge volta a explicar os seis anos gratuitos pelos naming rights.
“Concluindo: Rubens Menin (MRV) ofereceu R$ 71,8 milhões pra comprar o nome por 10 anos (na prática, 16 anos). Aí Rubens Menin (Atlético) aprovou, mas precisou antecipar os pagamentos, então conseguiu pegar à vista o valor de R$ 42,5 milhões no banco do Rubens Menin (Inter)”, conclui. Confira
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