A votação do Conselho de Administração do Flamengo decidiu por punir o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello por 52 votos a favor e 34 contrários.
Com a derrota, Bandeira está suspenso do quadro de sócios do clube por 90 dias e não poderá participar de eleições para a presidência rubro-negra nos próximos 5 anos.
Além disso, em caso de nova punição no período, o ex-presidente pode ser expulso do quadro de associados.
O Conselho de Administração é formado por 48 cadeiras indicadas pela chapa da situação e 12 da oposição. O lado em favor da punição contou com presenças de Rodolfo Landim, BAP, Marcos Braz, entre outros.
Já o lado contrário à punição tinha nomes como dos ex-presidentes Marcio Braga, Kleber Leite, Patrícia Amorim e Helio Ferraz.
Eduardo Bandeira de Mello pretende recorrer da decisão no Conselho Deliberativo.
Entenda o que motivou a denúncia de Eduardo Bandeira de Mello
EBM presidiu o Flamengo de 2013 a 2018 e já não ocupava mais o cargo quando ocorreu a tragédia no Ninho do Urubu.
Nesse sentido, Bandeira afirmou ter “quase certeza” que, se ainda fosse o presidente do clube no período, a tragédia não teria acontecido.
A punição a Eduardo Bandeira de Mello se baseia em dois artigos do estatuto rubro-negro:
- 24, parágrafo XI: “Abster-se de usar qualquer meio de comunicação para veicular expressões desonrosas contra o FLAMENGO, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas funções;”
- 49: “Veicular expressões desonrosas, por qualquer meio de comunicação, contra o FLAMENGO, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas funções.”
Defensores de EBM até tentaram se articular para conseguir uma absolvição, mas não obtiveram êxito. Nomes como de Marcio Braga e Kleber Leite assinaram um manifesto criticando a denúncia e alegando ser uma “mancha na história do Flamengo”.