Em 1976, Stallone era um ator pobre, de terceira linha que já entrava em sua 11ª obra cinematográfica, 30 anos de idade, desacreditado e que tentava escrever seu primeiro filme. E uma história bem “desinteressante” para os grandes estúdios, um boxeador (que tinha um paralelo com a vida pessoal do ator), esperançoso em um estrelato quase impossível. Em um panorama nos anos 70, de completa decepção da população americana, crise do petróleo, escândalo do Watergate, final da Guerra do Vietnam (clara derrota americana), e demais que deixaram a moral da população norte-americana em baixa. O cenário era de total de tristeza na terra do Tio Sam e Filmes de catástrofe eram as “pedidas” dos cinemas, tais como: Terremoto (1974), Aeroporto (1970) e Aeroporto 75 (1975), Inferno na Torre (1974), Pânico na multidão (1976) entre outros.
“Você, eu, ou ninguém vai bater tão forte quanto a vida” – Rocky
Rocky surgiu como um filme muito feliz para o ano em que Taxi Driver (1976) apontava como favorito ao Oscar (essa sina do Scorsese durou mais 40 anos em não ganhar a premiação), entretanto, terminou o ano de 1977 com 3 estatuetas douradas. Vale destacar a excelente trilha sonora de Bill Conti – “Gonna Fly Now”. Um filme que narra a estória de um cara comum, lutador que ajudava um mafioso local nas suas cobranças, porém sonhava com as glórias de ganhar algo maior. A oportunidade cai no colo de Rocky quando a luta de Apolo Creed foi cancelada por seu adversário ter se machucado, o campeão mundial resolve desafiar o lutador local, na data de 200 anos de independência americana na cidade conhecida por ser o local em que foi assinada a “Declaration of Independence” dos EUA. Nesse filme Rocky perde para Apollo mas a sua marcante estratégia é apanhar até o adversário cansar para começar a bater. Nosso protagonista se destaca nesse filme e ganha sequências bem conhecidas, porém a tática de continuar a apanhar para depois bater continua bem-sucedida.
Por que eu dei essa volta toda? Acho que o Flamengo é o atual Rocky Balboa, segue apanhando muito mais do que batendo. O ano de 2017 foi um dos mais decepcionantes na vida dos rubro-negros, grande expectativa para um retorno tão baixo. Impeachment, crise política e economia, estado do RJ quebrado também configuram o cenário atual fazendo um paralelo com a década de 70 americana, a pedida é um Flamengo de desgraça. Entraremos em 2018 com a cara inchada de seguidos cruzados, jabs e diretos que levamos dos adversários. Batendo nas cordas, tontos, mas aguentando até o final do round. Sabemos que a hora da virada e partir para cima do adversário estiver perdendo o fôlego, atacaremos e o jogo irá virar. Mais forte do que pensamos….
SRN
Bem-vindos a Norskeland aqui só se fala de Flamengo, Metal, cultura Nerd e trash!
Imagens destacadas no post e nas redes sociais: Reprodução Facebook.