De olhos atentos sobre as possibilidades que uma SAF traz a um clube, o Flamengo convocou seu conselheiros para uma nova palestra. O intuito é discutir os rumos do clube, mas o Rubro-Negro pode buscar alternativa ao que fizeram Botafogo, Bahia, Cruzeiro e Vasco.
A reunião acontece na próxima segunda-feira (13), a partir das 18h30, no salão nobre da Gávea. O palestrante será o senador Carlos Portinho, que é o relator da lei da SAF. A iniciativa partiu de Bap, que preside o Conselho de Administração, em conjunto com Antônio Alcides, presidente do Conselho Deliberativo, de acordo com informações do UOL e ESPN.
Essa, contudo, não é a primeira palestra promovida aos conselheiros do Flamengo. O clube mantém uma posição atenta sobre as consequências, positivas e negativas, de uma SAF. De momento, não há discussão para que busque um investidor, mas isso também não está descartado.
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Flamengo pode ter um modelo diferente de SAF
Dentro das possibilidades de uma SAF, o Flamengo busca um modelo diferente do que a maioria dos clubes brasileiros tem buscado. Nesse sentido, em recente debate promovido pela B3, Win The Game e BMA Advogados, o Bap explanou o que pode vir a ser uma possibilidade para o Rubro-Negro.
“O clube pode se estruturar como SAF, sem nem virar SAF. Não tem nenhuma linha no estatuto do Flamengo que diz que a gente não possa se estruturar como uma SAF. Existem desafios políticos de governança? Claro que sim. Mas não há nenhuma linha do estatuto que proíba”, começou Bap.
Que continou: “Acredito que isso [SAF] é um caminho a ser perseguido. Eu particularmente acredito que o caminho do Flamengo, pela experiência que eu tenho de clube, seria primeiro se estruturar como uma SAF. Se eventualmente fosse trazer alguém [para investir], seria alguém que fosse minoritário. A gente não ia abrir mão do comando do clube”.
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Apesar de não ter nada confirmado, a fala de um membro influente da diretoria, como é o caso de Bap, mostra o caminho que o Flamengo pode explorar. Seguindo essa linha, o Mais Querido buscaria investidores minoritários para a SAF, sem deixar que o modelo de governança do clube fosse alterado.
“Hoje, numa situação diferente, é a mesma coisa que se faz com startup. Você precisa de R$ 1 milhão para fazer um investimento, você acha que seu valuation é R$ 10 [milhões], você não vende 50% da empresa, você vende 10%. Esse é um caso muito particular nosso. Se você me perguntasse isso há dez anos, eu não falaria metade do que estou falando aqui. Nem diria o que estou te dizendo agora, porque o clube devia 700 milhões [de reais] e faturava 200 [milhões de reais]. Tinha nada em caixa”, exemplificou.
O Flamengo, que atualmente tem uma elevada arrecadação no futebol brasileiro, já tem no Nação BRB Fla uma nova forma de arrecadação. A saída explicada por Bap poderia, por exemplo, ser utilizada com a finalidade de construir seu estádio próprio.
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