O Flamengo não começou bem a temporada 2023. O time já perdeu duas das três competições que vai disputar até o fim de fevereiro. As derrotas para o Palmeiras na Supercopa do Brasil e Al Hilal no Mundial de Clubes da FIFA deixaram sequelas.
Nesses dois jogos, o Flamengo sofreu nada menos do que sete gols. Foram quatro marcados pelo Palmeiras e três marcados pelo time saudita. Como qualquer torcedor sabe, time que leva muitos gols não ganha de ninguém. Essa enxurrada de gols levou o Rubro-Negro a liderar um ranking bem desagradável.
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O Flamengo levou nove gols em oito jogos realizados até o momento na temporada 2023. Foram três no Mundial, quatro na Supercopa e dois no Estadual do Rio. Sendo assim, ele se tornou o clube da Série A que mais gols sofreu em 2023. Em segundo lugar aparece o Santos, que luta para não cair no Campeonato Paulista. O time da Vila tomou oito gols.
Perguntamos ao analista tático do Mundo Rubro Negro sobre os motivos que levam o Flamengo a tomar tantos gols no início de 2023. Douglas Fortunato destacou três pontos principais. Resumindo, o time está desarrumado, desentrosado e em má forma técnica.
Problema de gols sofridos pelo Flamengo é sistêmico
Doulgas escreveu: “A má ocupação de espaços na frente da área em organização defensiva, ou seja quando a equipe está posicionada para se defender do adversário com a bola. Gatilhos de pressão mal direcionados e executados permitem que o opositor tenha tempo e espaço para encontrar passes e chutar de fora da área.”
Mas o problema não é apenas esse. Para Fortunato, os problemas na defesa iniciam quando o Flamengo está com a bola no pé: “Gestos técnicos mal realizados com e sem bola, expondo a equipe à contra-ataques e facilitando a tomada de decisão do adversário próximo do gol.”
Por fim, Douglas indica que o problema estoura lá atrás, pois a pressão no primeiro combate está mal feita. O analista escreveu: “Pressão ainda mal encaixada na saída de bola adversária. O trio de frente formado por Gabi, Pedro e Arrascaeta não consegue retirar a bola descoberta do adversário.”
Fortunato continuou: “Ou seja, o adversário tem facilidade para encontrar o companheiro melhor posicionado e progredir no campo. Sem os encaixes individuais de João Gomes e do próprio Everton Ribeiro no modelo de Dorival, a equipe fica exposta quando o adversário entra em segunda fase de construção.”